No quadro “Crônicas de Tóquio” deste sábado, o correspondente Roberto Kovalick mostrou a estação de trem e metrô por onde passam, todos os dias, quase 3,7 milhões de pessoas, o equivalente a 46 estádios do Maracanã lotados. A estação de Shinjuku leva a todos os caminhos da capital japonesa. Em cada saída da estação, a cidade tem uma cara diferente.
Na estação de Shinjuku é impossível ficar sozinho. Para dar vazão a toda população, a estação tem mais de 200 saídas e 36 plataformas de trens e metrô. É quase impossível contar o número de placas, que tentam evitar que as pessoas se percam nesse labirinto.
A estação é tão grande que cada saída parece levar para um mundo diferente. Algumas dão acesso à parte moderna de Shinjuku, prédios enormes, com arquitetura arrojada.
Basta pegar outra saída para parar no meio da natureza. Até a 2ª Guerra Mundial, o parque Shinjuku-Gyoen só podia ser visitado pela família imperial e seus convidados. Em 1949, foi aberto para o público, que pode conhecer seus jardins, onde cada planta é cuidada e podada com a famosa precisão japonesa. Outra saída da estação leva a mais um lugar histórico chamado Omoide Yokochoo, algo como “beco da nostalgia”.
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Os restaurantes surgiram logo depois da 2ª Guerra Mundial. Tóquio estava devastada pelos bombardeios aéreos. Os comerciantes montaram barracas ao longo da rua para servir comida. Uma característica daquela época foi mantida: os restaurantes são extremamente pequenos.
Os restaurantes também têm pratos exóticos. Um deles é especializado em salamandra grelhada. A aparência não é das melhores, mas é preciso lembrar que o espaço começou em época de privações, onde qualquer coisa poderia virar comida.Perto dos restaurantes, o visitante encontra um lugar mais refinado – o “New York Bar and Grill”. O espaço tem uma das melhores vistas de Tóquio, no 52º andar de um hotel. Mas não é só a paisagem que atrai os clientes.
O bar ficou famoso por causa do filme “Encontros e desencontros”, de Sofia Coppola. Era nele que os personagens de Scarlett Johansson e Bill Murray se encontravam com frequência.
Quem viu o filme e visita Tóquio faz questão de conhecer o bar. Se der, e se o espaço não estiver ocupado, também tira foto no lugar onde Scarlett sentava.
A estação de Shinjuku é a porta de entrada de mundos tão diferentes.
Confira a reportagem no vídeo:
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