Foram apresentados nesta terça-feira (20) os detalhes técnicos das propostas de ligação ilha-continente, em Florianópolis. O consórcio Floripa em Movimento, formado por três empresas brasileiras e uma da Malásia, propõe um sistema integrado com base em três terminais de integração: em Barreiros, Kobrasol e no Terminal Rita Maria. Segundo o deputado Renato Hinnig, a empresa CCR, que também participa da PMI, foi convidada a apresentar seu projeto, porém prefere aguardar os encaminhamentos do Estado.
A proposta apresentada integra monotrilho, transporte marítimo e um sistema inteligente de transporte (POD-SIT), de carros sem motorista, aos modais já existentes (ônibus, taxi, bicicletas e carros). Segundo o diretor do grupo, Halan Moreira, o grande desafio na Grande Florianópolis é fazer o usuário de carro optar por um transporte de massas.
“O monotrilho cumpre um papel similar ao metrô, com capacidade de transportar milhares de passageiros com velocidade e segurança, as barcas atendem a uma antiga reivindicação dos moradores que podem economizar tempo na chegada à ilha utilizando embarcações confortáveis e seguras. Além disso, o POD-SIT contribui pra retirar carros particulares do centro da cidade, porque vamos oferecer locais apropriados para estacionamento, disponibilizando nossos veículos elétricos para levá-los até o destino”, destaca Halan Moreira.
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O consórcio não divulgou o valor do investimento, mas, se aprovado pelo Governo catarinense, o objetivo é entrar em operação entre dois e cinco anos após o início das obras.
“Garantimos qualidade, agilidade e conforto com o mesmo preço da passagem. O objetivo é construir e operar. A construção é viável”, diz Halan Moreira, diretor do consórcio. A iniciativa prevê uma redução de cerca de 70% dos poluentes com relação aos transportes tradicionais. A maior parte dos investimentos para a implantação do sistema será da iniciativa privada. O Consórcio Floripa em Movimento é formado por empresas nacionais do Rio de Janeiro e São Paulo e o grupo SCOMI, da Malásia.
Conheça mais sobre o sistema proposto
O Transporte Marítimo Urbano promete ser seguro, confortável e com alta previsibilidade no tempo de viagem. O projeto apresenta a utilização de catamarãs que tem potencial pra reduzir em até 50% o tempo de chegada ao Centro da cidade. O uso das barcas, conforme apresentado no projeto, prevê ampla integração com os atuais modelos de transportes.
O monotrilho seria implantado na segunda fase do projeto, possibilitando mais uma ligação Ilha-Continente e transportando passageiros de São José, Palhoça e Biguaçu para Florianópolis. Engenheiros e arquitetos especialistas em obras de vias de monotrilho, já estiveram na região para analisar a estrutura e o traçado do sistema proposto pelo grupo. Eles avaliaram, entre outras questões, como fazer a melhor inserção do sistema proposto pelo estudo, com a menor interferência visual. O projeto prevê também construção de uma ponte para monotrilho, cujo custo de implantação é pelo menos três vezes menor do que uma ponte para transporte de veículos.
O consórcio ainda prevê a passagem do POD-SIT pelas passarelas das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, que seriam adequadas e revitalizadas para a passagem do transporte, permitindo também o trânsito com segurança de pedestres e ciclistas. O Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, fará uma coletiva de imprensa na próxima quinta-feira (22) para oficializar a apresentação das propostas.
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