O Metrô de São Paulo não para. Mesmo fora do horário comercial, centenas de pessoas estão trabalhando ao longo das vias, 24 horas por dia, 7 dias por semana. No final da operação comercial os trens são recolhidos para o pátio, onde são feitas atividades de manutenção e limpeza. “A missão da gerência de manutenção é disponibilizar todos os equipamentos para que o usuário possa utilizá-los”, afirma Antonio Marcio Barros da Silva, chefe do departamento técnico de manutenção do Metrô.
A equipe de manutenção é formada por cerca de 2.400 funcionários que se revezam em turnos. Durante o dia, 65% do grupo está atuando. À noite, 20% da equipe trabalha e os outros 15% se empenham em turnos de revezamento. Os trabalhadores conhecem bem a importância de suas funções: “me sinto muito orgulhoso. Estou quase encerrando minha carreira, mas graças a Deus criei meus filhos aqui. Já estou há 21 anos na companhia e me sinto muito satisfeito”, comenta o técnico Francisco Carlos Gedor.
A manutenção dos trens é feita de acordo com a quilometragem rodada enquanto que a dos trilhos pode ser feita por periodicidade e por monitoramento. Para monitorar os trilhos, a equipe faz uma varredura com um caminhão ao longo da via. Nos pontos em que são encontrados danos , os técnicos utilizam um equipamento de ultrassom, similar ao utilizado em clínicas médicas, para detectar exatamente o local do problema e consertá-lo. Nos casos em que é preciso trocar o trilho, o trecho é cortado e um trilho novo é soldado no lugar.
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Outra atividade realizada todas as noites é a lavagem das vias. Com um caminhão abastecido com água de reuso, os funcionários lavam as paredes e os pisos dos túneis, o objetivo é retirar o pó que poderá trazer algum tipo de falha nos trens. A cada noite um trecho da via é limpo e em torno de um mês toda a linha é lavada.
Os investimentos são altos em manutenção. A previsão para 2012 é de cerca de R$ 120 milhões entre materiais sobressalentes e equipamentos. Recentemente foram compradas duas máquinas alemãs para conserto dos trilhos, “com a passagem dos trens, os trilhos sofrem um desgaste natural, principalmente nos trechos de curva. Esta máquina tira as imperfeições e faz com que os trens possam correr de uma forma mais suave, sem causar nenhum tipo de desconforto ao usuário”, explica Antonio Marcio.
Assim como os trens, todo o trabalho humano é monitorado pelo Centro de Controle Operacional. De lá, os operadores controlam os locais onde os trabalhadores estão atuando e garantem que nenhum acidente ocorra.
E na próxima reportagem da série Metrô de São Paulo vamos mostrar a acessibilidade desse meio de transporte para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.
Clique no link e assista a reportagem:
http://saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=232486&c=6
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