Pátria põe NovaAgri à venda e pretende receber US$ 1 bi

Prestes a começar a operar, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no porto de Itaqui, passará em breve pela primeira dança de cadeiras. O fundo de private equity Pátria colocou à venda a NovaAgri, empresa de logística adquirida em 2010 que, junto a três consorciadas – Glencore, CGG e Consórcio Crescimento (joint venture de Amaggi e Louis Dreyfus) – fará o escoamento de grãos pelo novo terminal no Norte do país.


O negócio está sendo estruturado pelo banco de investimento americano Morgan Stanley e, segundo fontes do setor, foi à mercado a US$ 1 bilhão. Entre os ativos da NovaAgri estão o terminal portuário, oito armazéns – distribuídos por Bahia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão – e duas unidades de transbordo de grãos ao longo do ferrovia Norte-Sul, que dará acesso direto ao Tegram. A intenção do Pátria é que a venda seja finalizada até outubro.


Conforme o Valor apurou, a primeira rodada de negociações atraiu a atenção de grandes nomes do agronegócio, mas o alto preço e o retorno previsto, considerado baixo, afugentaram interessados. A disputa afunilou para a Agrex do Brasil (controlada pela Mitsubishi) e a americana Bunge, que têm atuado de forma mais agressiva nas últimas semanas, embora a CHS (maior cooperativa dos EUA e já detentora de 25% da subsidiária da NovaAgri para o Tegram) permaneça na briga. Há, ainda, indicações de que a própria VLI, o braço logístico da Vale que opera um berço público ao lado do Tegram, estuda a aquisição, ainda que com menor apetite que as tradings.


Quem quer que a leve, deverá pagar bem menos que a oferta inicial. “As contrapropostas giram em um terço do preço, o que cobriria o investimento [do Pátria], com margem pequena”, diz uma fonte a par da negociação. Questionadas, as empresas preferiram não comentar “rumores de mercado”.


Para dar atratividade à NovaAgri, o Pátria contratou no início do ano Bernard Hennies, ex- ADM e profissional conhecido no setor, com o objetivo de dar uma “pintura de trading” à empresa – elevando, assim, o seu valor na praça. Mas analistas dizem que a mudança não emplacou. “Não se trata de um projeto rodando, com carteira de clientes”, afirma um deles. “E o mercado é o que alguém paga”.


Uma alternativa seria uma “proposta conjunta com divisão posterior do pacote”. Ou seja: um leva o porto e outro o restante. Isso porque há quem defenda que o que realmente interessa é o terminal no Maranhão, o filão da NovaAgri. “Dependendo do tamanho da trading, ela já tem desenvolvido no Brasil uma malha logística que pode até se sobrepor aos ativos da NovaAgri. E comprar só o porto sai mais barato que o pacote inteiro”.


Desde a aquisição pelo Pátria, há quatro anos, a NovaAgri saltou de uma capacidade estática de 100 mil toneladas de grãos por ano para mais de 600 mil toneladas, graças à construção do terminal no Tegram e às unidades de transbordo de carga. O investimento, não revelado, foi feito pelo fundo P2 Brasil, que tem como sócio o grupo de engenharia Promon. “Ele era visto como estratégico para o escoamento eficiente de grãos pelo Norte”, diz um executivo graduado. Em 2013, a NovaAgri registrou prejuízo de R$ 5 milhões, resultado da injeção de aportes sem retorno de receita.


Mas na conta da barganha entram também dúvidas sobre a real oferta de grãos na área de influência de Itaqui. Quando começar a operar este ano, o Tegram deverá suprir a demanda de produtores de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia e do nordeste de Mato Grosso. Com R$ 600 milhões investidos, o empreendimento é composto por quatro armazéns com capacidade estática de 125 mil toneladas cada – um para cada consorciada. Na primeira fase, movimentará cinco milhões de toneladas/ano, chegando a 10 milhões até 2019.


A questão, entre os mais pessimistas é se haverá 10 milhões de toneladas para entrega quando toda a infraestrutura do Tegram estiver de pé. “Enquanto a BR-163 [que liga Mato Grosso ao Pará] não estiver pronta, a produção de algumas regiões pode escoar por Itaqui. Depois, não sabemos”, diz uma fonte da área. Outra acrescenta lenha à fogueira. “Se não existisse Vila do Conde [no Pará], aquilo [Tegram] seria filé. Mas não é assim”.


Uma resolução da Antaq, descrita no edital de licitação do Tegram, deve dar o empurrãozinho de partida. Ela determina que parte dos grãos movimentados hoje pela VLI migre para o novo terminal. Tradings e Vale questionam a solução. O assunto ainda não entrou na pauta do órgão federal.

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