A possível reativação do transporte ferroviário na região será detabido por representantes locais na sede do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de Presidente Prudente, nesta terça-feira (18), a partir das 10h.
Há anos, as ferrovias que cercam o Oeste Paulista deixaram de contribuir com o “leva e traz” da produção. Atualmente, nenhum vagão faz este serviço e, por isso, a região conta com apenas as modalidades de hidrovia e rodovia.
Segundo diretor da União das Entidades de Presidente Prudente (UEPP), Marco Goulart, se as ferrovias estivessem ativas, todas as cidades da região ganhariam muito com isso. “Necessitamos reativar este serviço para que possamos escoar essa produção para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (SP)”, explica.
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Goulart acredita ainda que a América Latina Logística (ALL), responsável pelas ferrovias locais, poderia adiantar o processo de funcionamento do meio de transporte. Isso ajudaria a movimentação do terminal portuário de Presidente Epitácio, conforme ele. “Acredito que esse processo não foi feito por falta de interesse da concessionária atual com a ALL, que dão justificativas vagas para a não reativação da linha férrea”, diz o diretor da UEPP.
Para a volta do transporte ferroviário já foram instaurados diversos inquéritos e descumpridos alguns Termos de Ajustamento de Conduta (TAC). A ALL já arcou com uma multa de R$ 5 milhões, em 2011. Entretanto, o valor foi investido na construção do Hospital do Câncer, localizado na Avenida Coronel Marcondes. Em razão disso, a empresa de logística está sujeita a mais penalidades caso não cumpra os prazos estabelecidos.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a ALL tem até dezembro para fazer a manutenção dos trilhos, para assim, reativar o transporte, conforme explica o procurador da república, Luís Roberto Gomes. “A agência informou ao Ministério Público que em novembro faria uma vistoria e o prazo foi estipulado à empresa de logística com término no próximo mês”, relata.
O último transporte de carga nas ferrovias da região foi feito no segundo semestre de 2011, logo após um acordo judicial. Contudo, este fato “está longe do que foi estipulado”, afirma Gomes. “A concessionária tem a obrigação de cumprir as metas ditas nas resoluções da ANTT”.
Já a empresa de logística informou à equipe de reportagem do SPTV 2ª edilção, que o trecho na região é ativo e que executa a manutenção na via permanente, atendendo as determinações técnicas da agência.
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