O governador Pedro Taques (PSDB) demonstrou certa irritação
ao ser questionado sobre o novo parecer do Ministério Público Federal (MPF) e
Estadual (MPE) em relação ao acordo firmado entre o Poder Executivo e o
Consórcio VLT para a retomada das obras do modal de transporte.
No documento, MPE e MPF afirmam que o Estado não saneou ou
deu resposta adequada às irregularidades comprovadas na ação judicial para
retomada da obra.
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“O secretário de Cidades Wilson Santos, o procurador-geral
do Estado, Rogério Gallo, o controlador-geral, Ciro Rodolpho, e todas as
equipes destas secretarias estão trabalhando para resolver isso”, disse Taques.
“Ora, se o Ministério Público Federal e Estadual entenderem
que não vai ter o VLT, a gente vai ter que vender os vagões do VLT e buscar
outra coisa”, afirmou.
Perguntado se os MPs estariam atrapalhando o andamento da
obra, ele disse que não.
“Em absoluto. O MP é uma instituição séria que ajuda muito.
O que estamos aqui debatendo é: o que é melhor para o Vale do Rio Cuiabá. Não
podemos ficar com essa cicatriz rasgando Cuiabá e Várzea Grande. Cuiabá vai
atingir 300 anos. Uma cidade moderna não pode ficar dessa forma”, disse.
O governador afirmou também que o acordo firmado com o
consórcio para a retomada da obra ao custo de R$ 922 milhões é o caminho mais
fácil, mais econômico e mais rápido.
“O acordo foi feito, estamos superando algumas fases e
precisamos entender que é muito mais caro fazermos outra licitação. Outra
licitação será uma licitação internacional, vai demorar e o valor será bem
maior”, disse.
“O MPF e MPE não têm posição final ainda. Isso [parecer] vai
ao juiz federal Ciro Arapiraca e o juiz vai fazer, me parece, uma audiência de
conciliação. O MP não está pondo pau na frente do VLT. Eles estão cumprindo seu
papel constitucional”, concluiu Taques.
O VLT
A obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter
sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do
Mundo em Cuiabá.
Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior
do Executivo a fazer um aditivo, prevendo o término para 31 de dezembro daquele
ano.
Porém, as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que
o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.
Desde então, a gestão Taques vem travando uma batalha judicial
por conta de erros encontrados nas obras e até mesmo no contrato.
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