China projeta “trem voador” para alcançar 4.000 km/h

Diz o ditado que o “céu é o limite”, mas se não dá para ir
mais rápido por cima, que tal faze-lo aqui mesmo no chão? Elon Musk deu o
ponta-pé inicial numa ideia que virou o Hyperloop, uma cápsula magnética é um
tubo pressurizado e alcançando nada menos que 1.200 km/h. A iniciativa, que
parecia uma ideia maluca, acabou tomando corpo real e já tem implicações
inclusive no Brasil. Musk ainda quer ver o trem bater 1.000 mph ou cerca de
1.609 km/h.

Mas, se andar a 1.200 km/h sobre o solo parece algo
realmente impressionante, o que dirá de faze-lo um pouco mais rápido, algo lá
pela casa dos 4.000 km/h? Essa velocidade espantosa é certa de 3,5 vezes a
velocidade do som e geralmente é atingida apenas por foguetes lançadores de
satélites ou mísseis balísticos.

Essa é a meta de um conglomerado chinês, o China Aerospace
Science and Industrial Corporation (CASIC), que pretende criar o “trem voador”,
batizado oficialmente com o sugestivo nome de T Flight. Com um território vasto
e cerca de 1,4 bilhão de pessoas, o país precisa cada vez mais de transporte de
massa bem rápido e o projeto visa reduzir enormemente as distâncias, mas ainda
não se tem informações sobre o volume de investimentos necessários para colocar
esse trem nos trilhos.

Sabe-se que a CASIC fechou 2016 com faturamento de US$ 1,5
bilhão e 150 mil empregados. Mas, o montante a ser aplicado não garante rapidez
no projeto, que deve ter sua composição terminada apenas em 2020. Só então, os
testes começarão na região de Wuhan. Além disso, a iniciativa começa com uma
velocidade bem inferior à meta estabelecida, atingindo assim 1.000 km/h, o que
já é suficiente para concorrer com os aviões comerciais.

Da mesma forma que no Hyperloop, o T Flight da CASIC se
desloca dentro de um tubo e com sustentação por trilhos magnéticos. Cada
veículo pode levar 16 pessoas e uma plataforma giratória garante seu envio para
diferentes rotas. Numa segunda etapa, o trem bala alcançará 2.000 km/h, ligando
Pequim às principais cidades chinesas.

Em dois tubos suspensos por pilares, permitindo dois
sentidos na via, o T Flight será alimentado em parte por painéis solares
instalados sobre as duas tubulações, reduzindo assim o consumo de energia do
sistema. Por lá, a iniciativa quer levar apenas pessoas, diferente do Hyperloop
com sua versão cargueira, que está sendo cogitada para o Brasil, podendo esta
levar um ou dois contêineres de 40 pés (12,20 m) ou até 70 toneladas por pod.

Fonte: Notícias Automotivas

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