Economia brasileira cresce 1% em 2017, após dois anos de contração, mostra IBGE

A economia brasileira registrou crescimento de 1% em 2017, após dois anos de quedas consecutivas, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Tanto em 2015 como em 2016, o país teve contração de 3,5%.
O desempenho do ano ficou dentro do esperado pelas instituições consultadas pelo Valor Data. Em valor, o Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 6,6 trilhões. 
Apesar de o resultado ser considerado bom, ele não recupera a perda durante o período de recessão, diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A Agropecuária foi o destaque em 2017 entre os setores, com avanço de 13%, refletindo o desempenho da agricultura, especialmente as culturas do milho e da soja. Foi o melhor resultado desde 1996, início da série histórica desse indicador.
O PIB não teria crescido 1% sem agropecuária. Foi uma contribuição impressionante, afirmou Rebeca.
Ainda em 2017, Serviços tiveram alta de 0,3%, com o comércio avançando 1,8%, e a Indústria registrou variação nula, na qual a atividade da indústria extrativa teve ampliação de 4,3% e construção caiu 5%.
Do lado da demanda, o consumo das famílias aumentou 1% enquanto a demanda do governo recuou 0,6%. A formação bruta de capital fixo, uma medida de investimentos, caiu 1,8%.
No setor externo, as exportações subiram 5,2% e as importações registraram incremento de 5%.
O IBGE apontou ainda que o PIB per capita aumentou 0,2% em termos reais, para R$ 31.587.

Quarto trimestre

Apenas nos três últimos meses de 2017, o PIB teve expansão de 0,1% em relação aos três meses antecedentes, com ajuste sazonal. Foi o quarto resultado positivo consecutivo nessa comparação, segundo o IBGE, mas o desempenho ficou abaixo do esperado pelos economistas. As instituições consultadas pelo Valor Data esperavam um avanço de 0,3% no período.
De outubro a dezembro, a Indústria cresceu 0,5%, os Serviços tiveram alta de 0,2% e a Agropecuária registrou estabilidade.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,1% e a demanda do governo teve expansão de 0,2%. A formação bruta de capital fixo apresentou ampliação de 2%.
O IBGE mostrou ainda que as exportações cederam 0,9% no quarto trimestre, perante os três meses anteriores, e as importações registraram elevação de 1,6%.
Em relação ao último trimestre de 2016, houve crescimento de 2,1%, o segundo resultado positivo seguido nesse confronto, após um trimestre de estabilidade e 11 trimestres de queda, apontou o IBGE. Todos os setores tiveram alta: Agropecuária (6,1%), Indústria (2,7%) e Serviços (1,7%).

Revisões

O IBGE revisou o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2017, de 0,7% para 0,6% de avanço, e no terceiro trimestre, de 0,1% para 0,2% de crescimento.

Investimento e poupança

Em 2017, a taxa de investimento foi de 15,6% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (16,1%). Foi a menor taxa na série histórica das Contas Nacionais iniciada em 200 para esse indicador.
Por sua vez, a taxa de poupança correspondeu a 14,8% no calendário, ante 13,9% um ano antes.

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