O Consórcio
Move São Paulo, da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, não poderá receber
financiamento para o projeto de PPP (Parceria Público Privada) enquanto os
atuais controladores, empresas ligadas a construtoras denunciadas na Operação
Lava Jato, estiverem com notas de crédito em baixo grau de classificação de
risco.
A obra tem
um crédito aprovado de R$ 3,9 bilhões pelo BNDES para financiamento de longo
prazo desde 2013. Um desembolso inicial foi feito no valor de R$ 550 milhões.
No entanto, os demais desembolsos previstos foram interrompidos por causa da
deterioração das notas de crédito das empresas Consórcio Move São Paulo,
formado pelos grupos Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Participações. Após quase
R$ 2,6 bilhões gastos, as obras pararam em 2016 e as fianças bancárias foram
executadas.
Senadores de
São Paulo apresentaram consulta ao TCU (Tribunal de Contas da União)
questionando se havia algum tipo de óbice legal à continuidade dos desembolsos.
E o relator do processo, ministro-substituto Weder de Oliveira, deu razão ao
banco, considerando que haveria descumprimento de normas internas do BNDES e
também do Banco Central se o dinheiro fosse liberado nas atuais condições das
empresas.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
As
empresas (…) sofreram deterioração das suas condições financeiras, o que
aumentou o risco da operação de crédito de longo prazo para além dos limites
estabelecidos pelas normas operacionais que regulam o funcionamento do
BNDES, informa o relatório aprovado na quarta-feira (20), que avalia que
as companhias têm nota baixa em quatro de seis critérios de avaliação e que a
nota de crédito delas, hoje, é em grau especulativo. (em 23/03)
Leia Mais:
VLT consumiu 4 vezes mais recurso que obras de escolas e hospitais
Seja o primeiro a comentar