A Siderea,
empresa de origem argentina que produz sapatas e pastilhas de freio
ferroviário, celebrou 50 anos ontem, dia 12 de agosto. Segundo o gerente-geral
Dumont Caldas, a empresa estuda o projeto de implantação de uma fábrica no
Brasil (hoje, todos os produtos que vêm para cá são importados). Os locais
estudados estão entre as regiões Sul e Sudeste, mas ainda não há um prazo
determinado para implementação da unidade. Dumont apenas diz que será
“prontamente’.
Ele contou
que 2018 está sendo um ano atípico. “A produção caiu, mas ainda pode melhorar.
A nossa expectativa é igualar 2017”. Já para o próximo ano a meta é, se
possível, duplicar a produção. “Pretendemos crescer de 10% a 20% ao ano,
retomando o ritmo de 2014”. O projeto da fábrica está em discussão apesar de o
Brasil ter diminuído sua participação no total exportado. “Até há dois anos, o
Brasil era o primeiro mercado exportador. O dólar causou perda da
competitividade mas, ainda hoje, pelo menos de 20% a 30% da nossa produção vai
para o Brasil”. Com relação à renovação antecipada dos contratos de concessão
das ferrovias de carga, Caldas afirmou que a Siderea não participa dessas
discussões, mas torce pelo crescimento do setor.
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Para Dumont
Caldas, o que fez a empresa familiar passar a exportar para mais de 20 países
foi o foco na qualidade. “Essa é a bandeira que nos fez crescer”. Hoje a
empresa fornece para países como África do Sul, Moçambique, Canadá, Estados
Unidos, Austrália e Malásia. A Siderea fornece, no Brasil, para clientes como a
Vale, MRS, Rumo, FCA e Transnordestina Logística. A empresa produz peças para
trens de carga e cerca de 60% a 70% do total fabricado é para trens que
transportam carga do tipo heavy haul (minério de ferro, carvão e coque). A
empresa possui 80 funcionários e atua no Brasil desde a década de 1990, quando
abriu um escritório comercial no Rio de Janeiro (Siderea do Brasil).
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