O governador
Pedro Taques (PSDB), que disputa reeleição ao Governo do Estado, afirmou que o
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será entregue à população, mas não no próximo
ano. Uma das promessas de Taques, ainda na campanha de 2014, era que resolveria
a questão do novo modal. Durante todo o mandato do tucano, no entanto, as obras
permaneceram paradas.
Taques foi o
primeiro dos candidatos ao Governo de Mato Grosso a ser entrevistado esta
semana na Rádio Capital FM. Ele foi questionado por um dos ouvintes se o
Veículo Leve sobre Trilhos será apenas um sonho ou será finalizado. O
governador afirmou que as obras serão concluídas, porém não no próximo ano.
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“O VLT sai,
mas ele não sairá em um ano, já fui objetivo e claro. Ele sai, mas não
conseguiremos terminar tudo em um ano, quem fala que termina o VLT em um ano
está mentindo para o cidadão”, disse Taques.
A fala é uma
resposta clara a declaração feita por Mauro Mendes (DEM), um dos seus
principais adversários no pleito deste ano, que declarou em entrevsita ao
Resumo do Dia que: “O que eu posso dizer com toda tranquilidade é o seguinte:
nós vamos resolver as obras do VLT em no máximo um ano. Agora qual é a solução?
Se der para terminar nós vamos terminar. Se não der para terminar nós vamos
dizer quais os motivos, porquê e qual a alternativa. Não vamos ficar mais
quatro anos, como ficou agora, enrolando e não fazendo nada, com os trilhos
sucateados e os vagões ao relento”.
Uma das
promessas de governo do então candidato Pedro Taques, durante a campanha em
2014, era que resolveria a questão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A
quatro meses do fim do primeiro mandato do tucano, a situação das obras do
projeto ainda não foi resolvida.
VLT
Até o momento, a obra do VLT tem 55% de
execução. Para terminar os outros 45%, o Executivo decidiu realizar novo
edital, também na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), para
que seja contratada uma empresa ou um conjunto delas (consórcio). Um
levantamento está sendo feito, mas este valor não deva ultrapassar os R$ 450
milhões.
As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
tiveram início em 2012, com previsão de conclusão em março de 2014, três meses
antes da Copa do Pantanal Fifa 2014, tendo Cuiabá como uma das sedes – quatro
jogos foram realizados na Arena Pantanal José Fragelli. Alegando não ter
recebido por parcela considerável do que já havia realizado, o Consórcio VLT
paralisou as obras em dezembro de 2014.
Após a posse, o governador Pedro Taques
determinou auditoria nas obras e no contrato do Consórcio VLT. Constatou-se
superfaturamento e falhas pontuais, como a aquisição antecipada das locomotivas
e vagões do VLT supostamente por causa de um período de baixa do dólar.
Em fins de 2015, por determinação do juiz Ciro
Arapiraca, da Seção Judiciária de Mato Grosso, houve a retomada das
conversações do governo com o Consórcio VLT, para que as obras pudessem ser
concluídas. Após a delação premiada de Silval Barbosa, revelando que houve
corrupção, o contrato foi rompido. No início, o valor do projeto foi fixado em
R$ 1,447 bilhão.
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