Ferrovia passa a ter ‘túnel’ para pedestres em cidades do interior de São Paulo

As
composições gigantes utilizadas pelas concessionárias para escoar a produção
para o porto de Santos cruzando municípios do interior de São Paulo fazem cada
vez mais os pedestres serem obrigados a esperar para cruzar a linha férrea.

Para evitar
isso – e aumentar a segurança na operação ferroviária–, “túneis” para a
passagem de pedestres serão instaladas em ao menos quatro cidades paulistas nos
próximos meses.

A primeira
cidade a ter as passagens de pedestres é Ribeirão Preto (a 313 km de São
Paulo), com quatro unidades instaladas e que até a próxima semana deverão estar
sinalizadas.

As quatro
passagens estão sendo feitas em três bairros da zona norte da cidade por meio
de parceria entre a VLI, controladora da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), e a
prefeitura local.

Após a
conclusão da operação em Ribeirão Preto, pelo menos outras três cidades do
chamado corredor centro-sudeste terão projetos semelhantes nos próximos meses
–Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Jaguariúna, todas na região de Campinas.

Os projetos
receberam validação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Segundo
Diógenes Segantini, gerente de via permanente da concessionária, o foco das
obras é só o de garantir segurança para os pedestres que precisem cruzar a
linha férrea.

As passagens
foram instaladas nas ruas Artur de Jesus Campos, entre os bairros Quintino
Facci 1 e 2, no prolongamento da rua Argentina, na Vila Elisa, e na rua David
Capistrano da Costa Filho, no Jardim Ouro Branco –neste local serão duas.

 

RISCO

 

Acidentes
envolvendo pedestres e trens têm sido registrados com frequência nos últimos
meses.

Em agosto,
um pedestre morreu após ser atingido por um trem em Juiz de Fora (MG). Na mesma
cidade, em junho, uma pessoa morreu e outra foi atropelada por composições.

Também em
junho, um homem foi atropelado na região metropolitana de Curitiba quando
caminhava sobre os trilhos.

Na própria
Ribeirão, em junho, uma mulher morreu depois de ser atropelada por um trem que
seguia para Santos. Ela chegou a ser socorrida e teve as duas pernas amputadas,
mas não resistiu. Neste caso, porém, ela não tentou cruzar a via férrea –caiu
de um viaduto no momento em que o trem passava.



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