Após batalha legal, Siemens assina contrato para fabricar 94 trens para o metrô de Londres

Uma divisão do grupo alemão Siemens acaba de assinar um
contrato de 1,5 bilhão de libras, cerca de R$ 7,5 bilhões de reais, para a
construção de novos trens para a Linha Piccadilly do metrô de Londres. A
informação consta de comunicado oficial da Siemens Mobility.

A empresa venceu o contrato em junho deste ano, mas um mês
depois as concorrentes Bombardier e Hitachi entraram com recurso na Suprema
Corte, que acabou negado posteriormente, informa o site da BBC de Londres. A
fabricante alemã venceu concorrentes como a francesa Alstom – com a qual está
atualmente em processo de fusão -, além da canadense Bombardier e a japonesa
Hitachi.

A Transport for London (TfL), empresa pública responsável
pela gestão dos transportes na Grande Londres, afirmou na época que o contrato
permitiria à Siemens Mobility Limited avançar em seu plano de construir uma
nova fábrica em Goole, ao leste de Yorkshire, no norte da Inglaterra.

A TfL informou em comunicado que a nova fábrica empregará
até 700 pessoas, e cerca de 1.700 empregos indiretos serão criados em toda a
cadeia de abastecimento do Reino Unido. Ao valor de 200 milhões de libras (mais
de R$ 1 bilhão de reais), a unidade da Siemens será edificada em uma área de
aproximadamente 270 mil metros quadrados.

A estimativa da TfL é que os novos trens estarão prontos
para uso até 2024.

A London Underground (LUL), subsidiária da Transport for
London, encomendou os trens como parte de seu programa de modernização “Deep
Tube”, que inclui as linhas Piccadilly, Bakerloo, Central e Waterloo &
City. A rede de transportes públicos da capital do Reino Unido realiza
atualmente um programa de modernização maciça, com a nova linha de metrô
“Elizabeth Line”, que corta a cidade de leste a oeste, prevista para ser inaugurada
no próximo ano após 10 anos de obras.

Os novos trens a serem produzidos pela Siemens substituirão
a frota da linha Piccadilly, fabricada em 1970. Recentemente a TfL afirmou que
esses trens são “cada vez menos confiáveis e de manutenção muito cara”.

Segundo informa a Siemens, até 2026 haverá aumento de
frequências durante os horários de pico na linha Piccadilly (de 24 a 27 trens
por hora), usada por 700.000 passageiros diariamente. Este serviço fornece um
trem a cada 135 segundos nos horários de maior movimento.

Os novos trens serão 6 metros mais longos que os atuais e
terão vagões totalmente climatizados e com melhor acessibilidade.

A Siemens Mobility Limited é subsidiária britânica para
trens e negócios de tecnologia em transporte do grupo alemão.

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