O conglomerado alemão Siemens registrou lucro atribuível aos
acionistas de 559 milhões de euros no quarto trimestre fiscal de 2018, encerrado
em setembro. O montante representa queda de 54,8% em comparação ao mesmo
período do ano fiscal anterior, quando o lucro foi de 1,23 bilhão de euros.
O resultado foi afetado pelo desempenho do segmento de
energia e gás, que reverteu lucro e registrou prejuízo de 139 milhões de euros
no trimestre. Segundo a Siemens, os ganhos da unidade foram prejudicados pelo
pagamento de 301 milhões de euros em indenizações, relacionados à
reestruturação da divisão, e pela queda de preços.
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Também teve impacto negativo o valor pago em impostos no
trimestre, que aumentou 2,2 vezes na comparação anual, para 749 milhões de
euros, devido ao desmembramento do segmento de mobilidade da companhia alemã.
A receita da Siemens cresceu 1,76%, na comparação anual,
para 22,6 bilhões de euros, ante os 22,2 bilhões de euros anteriores. Segundo a
empresa, o trimestre foi um dos melhores da história da companhia em termos de
volume. As encomendas no período ficaram em 23,7 bilhões de euros, praticamente
estáveis.
Analistas consultados pela FactSet previam lucro e receita
maiores, de 737 milhões de euros e 22,91 bilhões de euros, respectivamente.
Com o resultado do trimestre, a Siemens encerrou o ano
fiscal de 2018 com lucro de 5,9 bilhões de euros, 2,5% menor ante o ano fiscal
anterior. A receita ficou praticamente estável, crescendo 0,2% para 83 bilhões
de euros.
A Siemens informou ainda que vai aumentar os dividendos em
0,10 euro, para 3,80 euros por ação e lançar um programa de recompra de papéis
de 3 bilhões de euros, válido até novembro de 2021.
A companhia divulgou novas projeções para o ano fiscal de
2019, citando um crescimento moderado da receita e lucro por ação no intervalo
de 6,30 euros a 7 euros.
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