A forte
demanda da China pela soja produzida no Brasil levou a Associação Brasileira
das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) a novamente elevar sua estimativa
para os embarques do grão neste ano.
Segundo
projeções divulgadas ontem, a entidade passou a calcular as exportações em 82,7
milhões de toneladas, 3,7 milhões a mais que o previsto em novembro e volume,
recorde, 21,3% superior ao registrado em 2017.
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De janeiro a
novembro, os embarques brasileiros já chegaram a 79,6 milhões de toneladas,
segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) – segundo
cálculos da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o volume já
superou a marca de 80 milhões de toneladas.
Se a projeção
da Abiove se concretizar, o Brasil terá, em 2018, divisas de US$ 40,3 bilhões
com o “complexo soja”, que inclui as vendas externas de grão, óleo e
farelo de soja, 27% mais que o total obtido em 2017. Apenas as vendas de soja
em grão estão estimadas em US$ 33,1 bilhões.
Mesmo com a
ampliação das vendas externas em 2018, a Abiove elevou sua estimativa para os
estoques finais da temporada 2017/18, de 1,065 milhão de toneladas para 1,191
milhão.
Para a
produção do ciclo 2018/19, que está em desenvolvimento, a Abiove projeta 120,9
milhões de toneladas de soja, acima da projeção de 119,5 milhões do mês
passado. O volume é 400 mil toneladas superior ao do ciclo 2017/18. A produção
de farelo de soja foi mantida em 32,6 milhões de toneladas, e a de óleo em 8,6
milhões de toneladas.
As
exportações do “complexo soja” em 2019 deverão gerar receita de US$
34,2 bilhões, com US$ 28,1 bilhões vindos das vendas de grão. Outros US$ 5,8
bilhões serão fruto dos embarques de farelo e US$ 280 milhões das exportações
de óleo de soja.
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