O governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM),
afirmou nesta terça-feira (11), em entrevista à Centro América FM, que o
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) não será prioridade no primeiro ano da gestão
dele, em 2019. Ele alegou que o estado não tem como custear R$ 1 bilhão para
concluir a obra e que é preciso regularizar os salários dos servidores públicos
que estão sendo pagos no dia 10 de cada mês.
A obra que deveria ter sido entregue para a Copa do Mundo no
Brasil, em 2014, da qual Cuiabá foi uma das subsedes, já consumiu R$ 1,066
milhão e está parada desde dezembro do mesmo ano.
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“Temos um grande problema agora, não sabemos se vamos
terminar a obra porque não temos R$ 1 bilhão. Desde o início da campanha, eu
conversei que precisaria de até um ano para definir o futuro do VLT”, afirmou.
Mauro Mendes afirmou ainda que, atualmente, o estado tem 500
obras paralisadas, sendo que a maioria parou por falta de pagamento dos
fornecedores. Ele destacou também o estado não tem mais como fazer financiamento
do governo federal para custear obras.
“O estado não tem como fazer financiamento porque tem nota C
no Tesouro Nacional, então dependeria apenas do dinheiro do estado que não
temos”, argumentou.
Com as obras paradas desde dezembro de 2014, o Veículo Leve
sobre Trilhos custa R$ 16 milhões ao mês para os cofres públicos.
O montante é referente a dívidas passadas com o Consórcio
VLT, responsável pela implantação, e a manutenção do que já foi adquirido pelo
estado para o metrô de superfície rodar em Cuiabá e Várzea Grande, na região
metropolitana.
O VLT foi iniciado em 2012 e licitado pelo valor e R$ 1,47
bilhão, do qual R$ 1 bilhão já foi gasto com material como 44 km de trilhos, 42
vagões e sistema de controle.
Enquanto isso, os 42 vagões vão se deteriorando no Centro de
Controle Operacional e Manutenção, que fica próximo ao Aeroporto Marechal
Rondon, em Várzea Grande, na região metropolitana. Eles foram comprados quando
mal tinha iniciado a obra.
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