Estações Brás e Barra Funda da CPTM devem ser as primeiras incluídas em modelo de concessão à iniciativa privada estudado pela equipe de Doria

Atualmente, passar por uma estação da CPTM nem sempre é a melhor experiência para o cidadão.

Falta de acessibilidade, ambientes pouco iluminados, equipamentos antigos e uma grande sensação de insegurança.

O secretário de transportes metropolitanos da gestão João Doria, Alexandre Baldy, reconhece o problema, mas promete que a situação vai mudar.

E o caminho para isso, segundo Baldy, é a concessão das estações para a iniciativa privada.

Em encontro com portais de mobilidade, do qual o Diário do Transporte participou nesta terça-feira, 22 de janeiro de 2019, o secretário disse que uma das possibilidades é a concessão dos espaços e já como contrapartida imediata, as empresas e consórcios devem requalificar as estações.

Os terminais Brás e Barra Funda, que estão entre os mais movimentados do sistema de trens, devem ser os primeiros concedidos.

Estas estações possuem um maior atrativo comercial pelo número de pessoas que recebem todos os dias.

De acordo com Alexandre Baldy, uma das determinações de Doria é que as estações tenham creches.

Será um facilitador para as mães deixarem os filhos em segurança, sem precisar de grandes deslocamentos só para isso antes de irem trabalhar – explicou Baldy.

A modelagem de concessão, no entanto, deve levar em conta como deixar atrativas as estações menos movimentadas ou fazer com que quem assumir espaços lucrativos também se responsabilize por estas estruturas.

O presidente da CPTM, Pedro Moro, disse no encontro que outro aspecto que precisa ser estudado para a elaboração dos modelos de concessão para a exploração comercial dos espaços, é que as estações possuem características físicas diferentes. Algumas são menores, outras são localizadas nas proximidades de redes de alta tensão de alimentação e existem paradas que são de interesse histórico.

Moro disse que enquanto as modelagens de negócio avançam, a prioridade é deixar as estações acessíveis.

Estamos nos esforçando, com retomadas de contratos e obras, para modernizar o sistema da CPTM. Quanto às estações, nosso plano é adequar aos requisitos de acessibilidade – explicou Moro.

No ano passado, com base em dados da Lei de Acesso à Informação, o Diário do Transporte mostrou que quase 40% das estações da CPTM não tinham acessibilidade plena.

A linha 10-Turquesa, que liga o ABC Paulista à região central da cidade de São Paulo, é a que possui o menor número de estações acessíveis.

Em outra ocasião, a reportagem mostrou que a CPTM não havia cumprido um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta com o MPE – Ministério Público do Estado de São Paulo que obrigava acessibilidade nas estações.

No encontro, Baldy prometeu que até o final da gestão, a CPTM estará integralmente modernizada.

A CPTM será outra empresa. Até agora, ela não teve a prioridade necessária. Faremos um cronograma de ações. É verdade que a crise econômica acentuou a falta de ações, mas estamos vivendo um momento de retomada. E vamos conseguir buscar investimentos para a rede – afirmou o secretário de transportes metropolitanos.

Além da acessibilidade nas estações, o aumento de potência da rede elétrica e expansão, como da linha 9-Esmeralda no trecho entre Grajaú e Varginha estão entre as prioridades de acordo com o presidente da companhia.

Fonte:O Diário do Transporte

Estações Brás e Barra Funda da CPTM devem ser as primeiras incluídas em modelo de concessão à iniciativa privada estudado pela equipe de Doria


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