O grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto Silveira Mello, negociou a compra de uma participação na mineradora Vale. As conversas, porém, segundo apurou o Estado com duas fontes a par do assunto, foram encerradas no final do ano passado.
A negociação foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Na edição deste domingo, ele publicou que as conversas iniciadas no ano passado agora devem mudar de patamar após o tragédia de Brumadinho.
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Dona da ferrovia Rumo e sócio da Raízen, de combustíveis (na qual é sócia da multinacional Shell), a Cosan tem avaliado nos últimos meses possibilidades de fazer investimentos. Com esse intento, em agosto e setembro do ano passado a companhia se aproximou da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, para avaliar a possibilidade de comprar uma fatia da instituição na Litel.
A Litel é a holding que reúne, além da Previ, os fundos de pensão Petros (dos funcionários da Petrobrás), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e Funcesp (da Cesp, Companhia Energética de São Paulo). A Previ tem 80,6% da Litel que, por sua vez, detém 21,3% da Vale.
Segundo apurou a reportagem, o negócio não foi à frente porque a Cosan teria de fazer um desembolso muito grande para comprar a fatia da Previ na Vale. Só o pedaço da Litel era avaliado em R$ 70 bilhões no fim do ano passado.
Os acionistas da Cosan avaliaram que o alto desembolso pela fatia da Litel não compensaria o investimento, uma vez que o poder de influência na mineradora seria pequeno. A aquisição de uma fatia menor também chegou a ser avaliada.
As sondagens para a compra dessa participação ocorreram entre agosto e dezembro do ano passado, segundo fontes.
O grupo de Rubens Ometto, depois dessas conversas, segue avaliando negócios para fazer investimentos. Segundo fontes a par do assunto, a companhia está olhando ativos que façam sentido aos negócios do grupo, sem especificar quais seriam. Procurada, Cosan não comentou. A Previ não retornou os pedidos de entrevista.
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