O governo de São Paulo prorrogou para novembro o prazo para a caducidade da concessão da Linha 6-Laranja, controlada pela Move São Paulo (Odebrecht, UTC e Queiroz Galvão). A ideia é ganhar tempo para fechar um acordo com um comprador e evitar a anulação do contrato.
O grupo de empreiteiras assinou a Parceria Público-Privada (PPP) no fim de 2013, para construir e operar a linha, que receberia R$ 9 bilhões em investimentos públicos e privados. No entanto, as obras foram interrompidas em 2016, com cerca de 15% de execução.
A Linha 6 abrange 15,3 km de extensão entre Brasilândia e São Joaquim, na capital paulista, com interligações com dois trechos do Metrô e duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ao todo, a previsão é de transportar 633 mil passageiros por dia.
O governo já havia declarado a caducidade da concessão no fim do ano passado, no entanto, o decreto previa que a anulação só teria efeito de fato a partir do dia 13 de agosto, amanhã. A gestão de João Doria (PSDB) decidiu prorrogar o prazo para o dia 11 de novembro, por meio de um novo decreto, publicado no “Diário Oficial de São Paulo” no sábado.
Tanto governo como as empresas tentam evitar o cenário da caducidade, considerado negativo para todas as partes. Para o governo paulista, atrasaria a realização das obras. Para as empreiteiras controladoras da concessionária, haveria o risco de, como punição, serem impedidas de firmar novos contratos com poder público.
A concessionária recebeu propostas de três grandes grupos internacionais interessados no ativo. Um deles é CR20, subsidiária da China Railway Construction Corporation (CRCC) – representantes da empresa estiveram com o governador João Doria (PSDB) na última semana, em uma visita dos políticos à China.
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