Todas as madrugadas, enquanto as 41 estações do metrô do Rio estão de portas fechadas, em um lugar o trabalho é a mil por hora. Fica na Cidade Nova o Centro de Manutenção do MetrôRio, para onde vão as composições que precisam de pequenos reparos… e de um banho.
Um lava a jato de 20 metros de comprimento se destaca na oficina. Toda noite, sete trens passam pela megaestrutura. A limpeza, que inclui esfregão com água e sabão e secagem a ar, demora 10 minutos.
POD NOS TRILHOS
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No planejamento do MetrôRio, cada vagão vai para o chuveiro de 15 em 15 dias.
Pequenos reparos na hora
Uma força-tarefa de 450 funcionários bate ponto nas madrugadas no Centro de Manutenção. Nos dias úteis, o sistema opera para os passageiros das 5h à 0h; nos fins de semana e feriados, das 7h às 23h.
Os trens com problemas mais simples – como luz queimada, vidros quebrados ou portas emperradas – são consertados na hora, a tempo de se posicionar antes da abertura das estações.
No caso da revisão preventiva, um vagão pode ficar até 40 dias na oficina, pois é todo desmontado.
“É como um carro”, compara Daniel Loureiro, gerente de Engenharia de Manutenção. “De acordo com a quilometragem, a gente troca peças mais profundas ou menos profundas”, explica.
‘Solda de vulcão’
Outra preocupação são os trilhos. Os 262 km de linhas duram até 10 anos, e a troca só pode ser feita de madrugada.
Antes da soldagem a 1.000°C – tão quente quanto um vulcão em erupção, – os técnicos serram o trilho velho, retiram e colocam o novo no lugar. Tudo leva duas horas e meia.
Outro aparelho móvel é a giga de teste, que checa se a máquina que movimenta os trilhos e faz o trem mudar de caminho está funcionando.
O MetrôRio transporta hoje 880 mil passageiros por dia.
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