Depois de uma campanha eleitoral em que disse que a China não iria comprar o Brasil , mas no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez um esforço nesta quinta-feira para vender o país aos chineses.
A um grupo de empresários chineses que recebeu no hotel em que está hospedado, em Pequim, o presidente disse que o Brasil deu uma demonstração de responsabilidade fiscal com a aprovação no Congresso da reforma da Previdência , o que daria previsibilidade aos investimentos.
Ao desembarcar na China, a primeira declaração de Bolsonaro foi que havia chegado em um país capitalista . O slogan do presidente Xi Jinping, espelhado em painéis comemorativos dos 70 anos da revolução comunista, porém, define o regime do país como um socialismo com características chinesas.
No encontro com os empresários chineses, o presidente acrescentou ainda que trabalharia para reduzir a burocracia para investimentos chineses no Brasil. A reunião foi fechada à imprensa.
– Foi um discurso genérico, mas otimista -, limitou-se a dizer o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rego Barros.
O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, que ajudou a arregimentar o encontro, fez a apresentação dos empresários. O grupo reuniu 19 dirigentes empresariais, consultores e diretores de fundos de investimento.
Entre os presentes, estava Li Qi Liang, vice-presidente da China Railway Construction Corporation (CRCC), uma das maiores empresas de ferrovias da China, que tem interesse na Linha 6 do Metrô de São Paulo, e o presidente da Alibaba, Wang MingQiang.
Também participaram do encontro Shen ShunGao, presidente da Avic, sócia da Embraer na China, e Yu SongBo, presidente do HeRun, um dos maiores grupos de soja do país.
Depois do encontro, Bolsonaro participou de jantar oferecido pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
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