Uma melhora generalizada das perspectivas do Ministério da Agricultura para as principais cadeias do campo brasileiro levou a Pasta a ampliar de forma expressiva sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária no país em 2020, apesar dos reflexos negativos da pandemia em alguns segmentos com menos participação no cálculo.
Segundo levantamento divulgado ontem, o VBP do setor como um todo passou a ser calculado pelo ministério em R$ 742,4 bilhões, montante recorde, R$ 25,8 bilhões maior que o previsto em julho e 10,1% superior ao de 2019.
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Para o conjunto formado pelas 21 principais lavouras do país, o ministério elevou sua projeção para o VBP para R$ 493,9 bilhões, com aumentos de R$ 13,9 bilhões ante julho e de 12,3% em relação ao ano passado. Com a colheita recorde, boa demanda externa e preços domésticos valorizados pelo câmbio, a soja lidera o VBP da agropecuária brasileira. A Pasta elevou sua estimativa para o grão para R$ 181,5 bilhões, R$ 8 bilhões a mais do que previa no mês passado e montante agora 22,4% superior ao de 2019.
Para o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o Ministério da Agricultura elevou sua estimativa para R$ 248,5 bilhões, R$ 11,9 bilhões a mais que o projetado em julho e montante 6,1% superior ao do ano passado. Para os bovinos, que lideram o segmento, a conta foi ampliada para R$ 100 bilhões, 12,6% acima do número do ano passado.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que também divulgou ontem novas projeções para o VBP da agropecuária brasileira, o montante total deverá crescer 12,5% em 2020 e alcançar o recorde de R$ 770,3 bilhões. Em linha com o Ministério da Agricultura, a entidade reforçou que o aumento será puxado por altas na produção de soja e milho e dos preços da carne bovina. A receita da agricultura dentro da porteira deverá ser 17,1% maior que em 2019, com R$ 493 bilhões. Para a pecuária, a previsão de crescimento do faturamento bruto é de 5,2%, totalizando R$ 277,3 bilhões.
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