Drone passa a fazer vistoria de vagões e trilhos na serra de Paranaguá (PR)

Locomotiva da concessionária Rumo, que administra 14 mil km de trilhos no país (Divulgação)

Num trecho repleto de serras e pontes, o trabalho de verificar anormalidades nos trilhos ou nos trens de carga nem sempre é fácil de ser resolvido. A solução? Colocar um drone na missão.

A vistoria de vagões e trilhos na serra do mar paranaense, que antes levava uma hora ou mais para ser feita, agora tem sido realizada em poucos minutos após a concessionária Rumo passar a usar drone em substituição ao deslocamento de empregados até o ponto a ser checado.

O sistema está sendo utilizado no traçado entre a estação ferroviária Engenheiro Bley e a cidade de Morretes, no Paraná, desde o dia 11 de agosto.

Escolhemos a região de Curitiba por causa da serra de Paranaguá, que tem locais com mais risco de segurança. O foco é aumento de segurança do colaborador, disse Rodrigo de Souza, coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Rumo.

A partir do piloto no Paraná, a tecnologia deve passar a fazer parte de outras operações da concessionária no país de forma gradativa, de acordo com ele.

Começamos com um em Curitiba, mas com plano de expansão para o ano que vem. A principal atividade é aumentar a segurança, mas percebemos que ele consegue ajudar em outras atividades, como reduzir o tempo de revista e inspeção em locais de difícil acesso, disse.

Para chegar até alguns pontos na serra, era necessário que os técnicos percorressem até dois quilômetros, distância que o drone faz rapidamente e em segurança. Uma lanterna foi adaptada ao equipamento, para melhorar a visibilidade noturna.

Entre os problemas que o equipamento visualiza estão de cortes espontâneos de mangueira a até um eventual descarrilamento. Qualquer sensor no vagão ou via que acuse defeito, o trem para e precisa ser verificado, disse.

O trecho todo até a descida da serra tem cerca de 40 quilômetros, com muitos pontos de difícil acesso. A estimativa da concessionária é que 70% das anormalidades podem agora ser identificadas pelo equipamento.

Gerente de inovação da Rumo, Rafael Pinto disse que numa ponte em que não é possível caminhar sobre ela o drone realiza o trabalho que teria de ser feito por duas equipes -uma de cada lado da ponte. Nesse caso o drone gera um ganho absurdo.

Maior operadora do país, a Rumo administra cerca de 14 mil quilômetros de trilhos em nove estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins), com 1.200 locomotivas e 33 mil vagões.

O sistema de monitoramento por meio de drones também já é adotado no metrô de Salvador, com o objetivo de otimizar mão de obra e melhorar a qualidade das informações nos 33 quilômetros do sistema.

O metrô baiano tem cerca de 40 trens, transporta em média 370 mil passageiros em dias úteis e emprega 1.500 funcionários.

Fonte: https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/14/drone-passa-a-fazer-vistoria-de-vagoes-e-vias-na-serra-de-paranagua/

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