VLT deve ser estendido até o terreno do Gasômetro para integração com o BRT Transbrasil

O prefeito Eduardo Paes entre Cláudia Secin (à esquerda), interventora do BRT, e a secretária de Transportes Maína Celidonio Foto: Luiz Ernesto Magalhães / Agência O Globo

O Globo – O prefeito Eduardo Paes anunciou, nesta quarta-feira, que o VLT deve ser estendido até o terreno do Gasômetro, na Zona Portuária do Rio, com o objetivo de integrar o sistema ao BRT Transbrasil. A medida seria uma solução técnica mais fácil do que levar o BRT Transbrasil até o Centro da capital fluminense.

— A gente queria começar as obras em março, mas, com a revisão do projeto para corrigir problemas, em razão desses ajustes, vamos aguardar um pouco. Mas a meta de acabar as obras do Transbrasil no fim de 2022 está mantida — disse o prefeito.

A ideia inicial era que o Transbrasil chegasse até o Centro do Rio, mas há questões técnicas que dificultaram a definição do trajeto final, acrescentou Paes.

Segundo a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, a proposta do plano de recuperação do BRT prevê a extensão do VLT por um trecho de cerca de um quilômetro. Com isso, o usuário do BRT desembarcaria no terminal em frente ao Inca, no Caju, e seguiria até o terminal do VLT do outro lado no Gasômetro. O projeto conceitual prevê que seria construída uma passarela de acesso entre as duas estações.

— A prefeitura ainda não tem o valor do novo terminal, e nem se ele será construído com recursos públicos ou privados. Hoje já existe um ponto do VLT na rodoviária, junto a um dos acessos dos ônibus. Mas seria muito difícil para o usuário chegar até lá por conta do movimento no entorno da rodoviária — explicou ela.

Maína disse ainda que a prefeitura está revendo outros detalhes do projeto do BRT Transbrasil. Um dos pontos será a implantação de quatro novas estações entre Deodoro e o Trevo das Margaridas, o que havia sido suprimido do projeto no governo passado. Outra questão é que o piso será em concreto e não em pavimento comum, como o previsto inicialmente.

— Ter parte do projeto sem ser em concreto era repetir o erro que cometi na Transoeste e assumi —disse Paes.

Maína destacou que também estão sendo projetadas melhorias urbanísticas na Avenida Brasil.

Processo de licitação complexo
Paes admitiu que o processo licitatório do BRT é complexo. O prefeito reafirmou que a intenção é fazer uma nova licitação do serviço e lembrou que havia se comprometido a rever o planejamento dos serviços de transportes:

— As áreas de transportes e saúde foram as piores nos quatro anos do meu antecessor. O BRT foi destruído, as vans não foram licitadas, as linhas de ônibus sumiram.

A previsão da prefeitura é que o projeto que pede autorização para investir no BRT deve ser votado nesta quinta-feira na Câmara dos Vereadores do Rio.

— Queremos um modelo sólido que não possa ser destruído por prefeitos incompetentes no futuro. Isso é o mundo ideal, talvez não seja assim. Mas é o modelo que temos que pode melhorar a vida das pessoas — disse Paes.

A conta dos R$ 133 milhões de investimento não inclui a reforma da calha do Transoeste para a substituição de parte do piso em asfalto para concreto. E nem reformulação do dimensionamento de algumas estações, como Magarca e Mato Alto. Ainda não está definido se o investimento nas estações será público ou privado. Apesar de a intervenção durar seis meses, Paes disse que ela deve ser renovada. Isso porque a licitação para ser realizada deve durar mais tempo.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/vlt-deve-ser-estendido-ate-terreno-do-gasometro-para-integracao-com-brt-transbrasil-1-24959149

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