Três grupos farão estudos para implantar modal ferroviário do Centro de Campinas até Viracopos

Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas — Foto: Reprodução/EPTV
Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas — Foto: Reprodução/EPTV

G1 – Duas empresas e uma concessionária foram autorizadas a realizar estudos para implantação de um modal ferroviário para ligar o Centro de Campinas (SP) ao Aeroporto Internacional de Viracopos. A seleção foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (14).

O G1 mostrou, em abril, que a prefeitura projeta apresentar um novo modelo de transporte de passageiros e modernizar o sistema de mobilidade urbana.

Segundo a publicação, os três grupos deverão apresentar, em 15 dias, um plano de trabalho que inclua a indicação do valor do ressarcimento pretendido pelo estudo.

Depois, terão 90 dias para formalizar os estudos, projetos, levantamentos, investigações e estudos para modelagem técnica, operacional, econômico-financeira e jurídica.

“Uma comissão avaliará o melhor projeto – que poderá ser utilizado no todo ou em parte — na elaboração de editais, contratos da licitação para a concessão da construção e operação do sistema”, explica a prefeitura, em nota.

Em abril, o secretário de Transportes de Campinas, Vinícius Riverete, afirmou ao G1 que, caso os estudos comprovem que há viabilidade financeira e demanda para a implantação do modal, a prefeitura vai lançar a licitação até o fim do ano. A ligação será feita entre o aeroporto e o Pátio Ferroviário da cidade, no Centro.

Custo
Segundo a prefeitura, o estudo selecionado não garante, ao grupo responsável, a implantação do projeto, já que haverá uma licitação. Se outra empresa vencer a concorrência para a obra, ela deverá pagar o custo do estudo.

“Caso o estudo de uma das empresas seja selecionado pelo município, mas ela não saia vencedora da licitação para a implantação e operação do ramal ferroviário, a prefeitura deverá considerar como valor total do estudo a ser ressarcido pelo licitante ganhador”, explicou.

As empresas definidas são a BYD do Brasil, o Instituto para o Desenvolvimento dos Sistemas de Transporte (Idestra) e o consórcio formado pela TS Infraestrutura e Engenharia S/A, Aerom Sistemas de Transportes S.A, FBS Construção Civil e Pavimentação S.A e a JOFEGE – Pavimentação e Construção Ltda.

A prefeitura não informou quanto prevê gastar com a implantação.

Metrô longe do horizonte
Apesar de voltar o olhar para um possível modal ferroviário, a prefeitura não pensa na implantação de um metrô em Campinas. De acordo com o secretário, atualmente a metrópole registra uma média de 220 mil passageiros por dia no transporte público, sendo que uma demanda para funcionamento de metrô, segundo ele, deve ultrapassar três milhões de pessoas.

“Seria muito prematuro a gente falar disso, mas o secretário de Transportes Metropolitanos do estado me disse em uma reunião qual era o custo do metrô e dessa forma é inviável. Ele me disse que o valor é de R$ 1 bilhão por quilômetro. Ou seja, o metrô iria custar no mínimo R$ 38 bilhões. Tem que ter muito passageiro. A conta ainda não fecha”, afirmou.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2021/06/14/tres-grupos-farao-estudos-para-implantar-modal-ferroviario-do-centro-de-campinas-ate-viracopos.ghtml

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*