Duas semanas após cratera se abrir na Marginal Tietê, causas do acidente na Linha 6-Laranja do Metrô ainda são desconhecidas

Buraco da cratera que se abriu nas obras na linha 6 de Metrô e completamente fechada com concreto na Marginal Tietê, na cidade de São Paulo, SP, nesta quinta feira, 03. vista aérea 03/02/2022 - Foto: — Foto: RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Buraco da cratera que se abriu nas obras na linha 6 de Metrô e completamente fechada com concreto na Marginal Tietê, na cidade de São Paulo, SP, nesta quinta feira, 03. vista aérea 03/02/2022 - Foto: — Foto: RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

G1 – Duas semanas depois do acidente em uma obra da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, que resultou na abertura de uma cratera na Marginal Tietê, em São Paulo, ainda não se sabe o que provocou o rompimento do supertúnel da Sabesp, que levou à suspensão da obra.

O Ministério Público também está com um inquérito aberto para apurar as causas e responsabilidades do acidente. Engenheiros responsáveis pela obra irão prestar depoimento na próxima semana.

A empresa Acciona, líder do consórcio que constrói a linha, também investiga o que provocou o acidente, mas avalia que toda a parte eletrônica dos tatuzões, equipamentos responsáveis pela escavação de túneis e que estão submersos na água suja após atingir o supertúnel da Sabesp, foi perdida. Um tatuzão custa, em média, US$ 30 milhões.

A empresa diz que mantém 6.000 funcionários trabalhando e que a construção das 15 estações da Linha 6-Laranja não parou após o acidente.

Não há prazo para a perfuração dos túneis no local do acidente ser retomada e só quando esse trabalho recomeçar é que a Acciona vai poder definir se essa paralisação vai ou não provocar atraso na entrega da linha, prevista para 2025.

Nesta quarta-feira (16), a Sabesp criou uma nova estrutura de tubulação azul para transferir esgoto. Ela é provisória e atravessa ponte da Freguesia do Ó, buscando retirar parte da água suja que invadiu a cratera provocada pelo esgoto do supertúnel que se rompeu.

No local do acidente, a pista local da Marginal Tietê ainda está interditada com tapumes, e a cratera aberta após o acidente foi fechada com argamassa.

Técnicos continuam monitorando a estabilidade da área e uma mistura de cimento com água está sendo usada para preencher eventuais frestas e fissuras que são encontradas após o rompimento do supertúnel de esgoto que passava acima do trajeto feito pelo tatuzão.

Na última semana, o nível de água suja nos poços voltou a subir, o que indicava que mais esgoto continuava a entrar no local. Na terça-feira (15),o governo do estado disse que o problema já foi resolvido, mas o esgoto voltou a ser retirado do local.

O bombeamento para o outro reservatório é feito a uma velocidade de 80 litros por segundo e vai para três poços. A expectativa é baixar 1 metro a cada 10 horas, com o objetivo de retirar a água e não prejudicar a estrutura de concreto já feita para fechar a cratera.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/02/16/duas-semanas-apos-cratera-se-abrir-na-marginal-tiete-causas-do-acidente-na-linha-6-laranja-do-metro-ainda-sao-desconhecidas.ghtml

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