G1 – Uma viagem teste realizada nesta terça-feira (4) percorreu o trecho do futuro Trem Intercidades, cujo edital foi publicado pelo governo do Estado no dia 31 de março e prevê a ligação entre São Paulo e Campinas.
Ainda longe da velocidade estimada e com as condições de malha precárias, o trajeto de 101 km entre a Estação da Luz, na capital, e Campinas foi percorrido em 3h26, incluindo paradas em Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Valinhos.
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Como referência, o projeto prevê que o trem expresso possa atingir velocidade de até 140 km/h. Na simulação, a velocidade foi muito inferior. Em alguns trechos, não ultrapassou os 40 km/h.
Rafael Benini, Secretário de Parcerias e Investimentos (SPI), garantiu durante a viagem teste que a operação do serviço intermetropolitano, com paradas nos quatro municípios, estará em funcionamento até 2029, enquanto o trem expresso, que prevê apenas uma parada de dois minutos em Jundiaí, deve operar até 2031.
O texto do edital estabelece um prazo de 240 dias para empresas interessadas enviarem as propostas e define a data do leilão para o dia 28 de novembro, às 15h. A concessão será de 30 anos, a partir do início da operação comercial.
Edital
A modalidade do edital de concessão é de concorrência internacional e a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prevê acordo com aporte de R$ 12,8 bilhões para a infraestrutura, incluindo a construção e modernizações.
De acordo com o estado, o valor da tarifa do trem intercidades será de R$ 64. “Além dos benefícios na mobilidade urbana para mais de 15 milhões de pessoas em 11 munícipios, o empreendimento gerará um total de 10.552 empregos diretos, indiretos e induzidos, e contribuirá para a redução das emissões de CO2 e para a segurança viária de toda a região”, diz o texto da nota.
Atualmente, uma passagem de ônibus entre Campinas e São Paulo está na faixa de R$ 42, enquanto quem usa um carro próprio paga em torno de R$ 23,50 somente de pedágios para ir de Campinas a São Paulo, considerando-se o uso da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), uma das principais do estado.
Quais serão as ligações?
- Serviço Expresso (Trem Intercidades) – São Paulo a Campinas, com parada em Jundiaí;
- Serviço Linha 7 Inicial e o Serviço Linha 7-Rubi – conectam a Estação Barra Funda, em São Paulo, a Jundiaí, e atende às cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista;
- Serviço TIM (Trem Intermetropolitano) – vai de Jundiaí a Campinas, e atende também Louveira, Vinhedo e Valinhos.
A tarifa da linha 7 – Rubi, atualmente operada pela CPTM, que passará por uma revitalização das vias, segue a política tarifária do estado, e a do TIM é quilométrica e deve ser até metade do TIC.
Impasse
À época da primeira audiência pública sobre o projeto, realizada em agosto de 2021 em Campinas, a previsão do governo de São Paulo era de realizar o leilão em abril de 2022.
O governo de São Paulo prevê a oferta de um serviço expresso entre as duas metrópoles, com uma estação em Jundiaí (SP). O trajeto de 101 quilômetros de extensão deve ser atendido por um trem com capacidade para 800 passageiros, capaz de operar com velocidade comercial de 95 km/h, e em intervalos de até 15 minutos nos horários de pico.
A viagem tem duração prevista de 1h04. A expectativa do projeto é atender até 60 mil passageiros por dia em todos os serviços.
O projeto também inclui a implantação de um serviço metropolitano entre Campinas e Francisco Morato (SP), e estabelece atendimentos a outros municípios do interior paulista como Louveira (SP), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP). A extensão dessa operação seria de 65,8km, com nove estações e velocidade comercial de 56 km/h – a estimativa é que o tempo de viagem dure 55 minutos.
À época da primeira audiência pública, a Secretaria de Transportes Metropolitanos mencionou que a referência do custo da tarifa para o passageiro será o valor vigente da passagem de ônibus.
A proposta de preço vencedora será aquela com menor aporte de recursos e será permitida a formação de consórcio constituído por empresas somente estrangeiras, informou o governo.
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