Valor Econômico – O grupo CCR registrou lucro líquido atribuído de R$ 251,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 58,5% na comparação com o mesmo período de 2022. O resultado foi impactado negativamente por dois efeitos extraordinários, entre julho e setembro deste ano.
O primeiro, que já vinha afetando o balanço desde o quarto trimestre do ano passado, é uma mudança contábil dos investimentos da concessão ViaOeste, que passaram a ser reconhecidos como custo. Esse fator afetou o lucro em R$ 170,8 milhões.
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Outro impacto é decorrente do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pela empresa com o Ministério Público de São Paulo, no qual a companhia se comprometeu com R$ 150 milhões de indenização. O efeito no lucro foi da ordem de R$ 79,2 milhões.
Se considerado o lucro líquido ajustado do trimestre, o grupo registra R$ 501,6 milhões, um aumento de 44,8%. O dado ajustado também desconsidera fatores extraordinários registrados no terceiro trimestre de 2022, como a venda da TAS e uma redução do valor contábil da ViaOeste.
No terceiro trimestre, a empresa registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,66 bilhão, uma queda de 29,5%, também devido aos efeitos extraordinários. O Ebitda ajustado teve alta de 15,8%, para R$ 2,12 bilhão.
A receita de venda de serviços subiu 21,2%, para R$ 4,4 bilhões. A receita líquida avançou 7,6% no período, chegando a R$ 3,4 bilhões.
A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 2,9 vezes, contra 3 vezes no mesmo período de 2022.
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