Folha de S. Paulo – O Ministério dos Transportes vê erros nos diagnósticos sobre as necessidades logísticas do país feitos pelo Poder Executivo federal em governo anteriores e que foram usados como referência para discussões de política pública. Por isso, planeja usar uma nova metodologia para entender de forma detalhada as necessidades de investimentos do país nas próximas décadas.
A pasta vai reunir dados contidos no Conhecimento de Transporte Eletrônico, um documento fiscal emitido pelas transportadoras de carga e que contém o trajeto percorrido pelos produtos por qualquer meio (rodoviário, ferroviário ou aéreo, por exemplo).
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George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, afirma que na formulação de planos anteriores era usada apenas a nota fiscal eletrônica, e de forma desatualizada.
“Origem e destino na nota fiscal não é algo preciso, porque você pode ter uma nota do Rio para São Paulo e o trajeto ser diferente. Agora, conseguiremos ter mais precisão, com uma base muito mais sofisticada”, afirma à Painel S.A.
Segundo ele, o formato anterior levou a equívocos no planejamento. “O atual Plano [Nacional de Logística] prevê construir 20 mil quilômetros de ferrovia. Mesmo que eu tivesse dinheiro, seria muito difícil”, diz. “Precisamos usar de forma produtiva os ativos que já temos hoje”.
O ministério vai conduzir os trabalhos em parceria com a Fundação Dom Cabral. O objetivo é ter um plano detalhado para a logística do país na Agenda 2050, documento sendo formulado sob coordenação do Ministério do Planejamento e que funcionará como um projeto de longo prazo para o país.
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