Sem condições de operar, trens da Frota F poderão ser desativados

Metrô CPTM – A Linha 5-Lilás de metrô operada pela ViaMobilidade possui duas frotas de trens. Atualmente apenas os modelos mais novos da Série 500 Fase II (Frota P) circulam no ramal enquanto os antigos trens da Fase I (Frota F) estão desaparecidos.

Apesar de no passado não tão distante a modernização da Frota F ter sido cogitada pela concessionária, atualmente o cenário é de total indisponibilidade operacional, o que deverá culminar com sua desativação total.

O site requereu por meio da Lei de Acesso a Informação explicações sobre o caso para a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) que diligentemente esclareceu a situação atual.

O estado atual da Frota F

Atualmente todos os oito trens da Frota F não estão em condições operacionais, portanto não podem circular na Linha 5-Lilás.

A SPI expôs duas principais justificativas para esta situação. A primeira delas é a ausência de peças para reposição e fornecedores. Este fato prejudica a solução de falhas de forma satisfatória pelas equipes da ViaMobilidade.

Dos oito trens existentes, apenas quatro deles apresentam capacidade de movimentação, ou seja, podem em tese circular pelas vias. Mas, a confiabilidade dos trens é “extremamente baixa”, o que inviabiliza sua utilização na operação comercial sob risco de comprometer a segurança e regularidade do serviço.

O segundo fator é a impossibilidade de atualização de software. Segundo a SPI, as falhas atuais do trem praticamente impossibilitam que os trens possam realizar o alinhamento adequado nas plataformas das estações da Linha 5-Lilás.

A pasta esclarece que o processo de atualização de software é de responsabilidade do Metrô de São Paulo que delegou essas atividades à empresa Alstom, que detém o contrato de instalação do sistema de sinalização CBTC.

Para possibilitar que alguns trens pudessem operar, a concessionária recorreu a práticas de canibalismo, ou seja, o uso de peças de trens parados em composições operacionais. Questionada, a SPI informou que a prática, embora não ideal, pode ser realizada para manter as condições operacionais e a continuidade do serviço prestado.

Futuro da Frota F

Diante disso, a questão sobre o futuro da Frota F torna-se cada vez mais incerta. O governo, por meio da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP), trabalha com algumas possibilidades.

Uma delas seria a compensações financeiras. Esta alternativa poderia viabilizar uma revitalização total da frota de trens que poderia ser reutilizada após processo de modernização integral.

Outra opção seria a compra de novos trens. Neste caso, possivelmente, os trens da Frota F seriam desativados e baixados, ou seja, seriam retirados permanentemente da frota operacional da Linha 5-Lilás.

A CMCP ainda discute outras medidas que possam possibilitar a prestação do serviço concedido com qualidade.

Apesar de hoje a frota de trens estar em condições de atender aos passageiros da Linha 5-Lilás, com a futura expansão para Jardim Ângela a aquisição de uma nova frota seria importante para não sobrecarregar os trens atuais.

O destino dos oito trens da Frota F ainda não foi completamente decidido. A permanência ou não destes trens na Linha 5-Lilás dependerá de negociações que seguem em curso entre ViaMobilidade e CMCP.

A situação não é exatamente tranquila já que a Linha 5 tem recuperado o movimento pré-pandemia, época em que os trens da Frota F eram considerado como uma reserva técnica durante o horário de pico.

Fonte: https://www.metrocptm.com.br/sem-condicoes-de-operar-trens-da-frota-f-poderao-ser-desativados/

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