Valor Econômico – A falta de propostas em dois dos seis lotes rodoviários inicialmente ofertados pelo governo do Mato Grosso está relacionada à incerteza sobre o impacto de projetos ferroviários futuros. A avaliação é de Fernando Marcato, sócio da ICO Consultoria, que apoiou a modelagem do projeto.
“A gente acha que, como existe alguma incerteza sobre o cronograma de conclusão dos projetos ferroviários, como a Fico [Ferrovia de Integração Centro-Oeste] e mesmo a Ferrogrão, que vão alimentar o Estado, acho que houve incerteza por parte dos interessados”, disse ele.
Marcato também aponta a incerteza sobre demanda como um dos fatores de risco. “O Estado tem momentos sazonais, tem duas safras. Às vezes quando [a empresa] vai fazer a contagem não consegue capturar toda a demanda”, observou.
“E são as primeiras concessões dos últimos tempos, é um mercado diferente de outros Estados. Nossa aposta é que, nos próximos lotes, os ‘players’ [atores] entendam melhor essa dinâmica”, disse ele.
CS Infra, empresa do grupo Simpar, arrematou o Lote 5, a VF Gomes levou a disputa por Lote 1, o Consórcio Rodoviário Rota da Produção venceu disputa por Lote 2 e a Monte Rodovias levou o Lote 8. O investimento total previsto nos quatro projetos é de R$ 4,73 bilhões. Dois blocos de rodovias inicialmente previstos na licitação foram retirados da disputa, devido à falta de propostas.
Seja o primeiro a comentar