Consórcio quer revisão de monotrilho no ABC

O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, Orlando Morando (PSDB), disse ontem que a entidade regional irá sugerir ao Estado a mudança do tipo de modal da futura linha 18-Bronze do Metrô, que ligaria o ABC à capital por meio do sistema monotrilho, que recebeu críticas do líder do grupo de prefeitos da região.


“A linha 15-Prata não vai bem e a linha 17-Ouro está parada. Então, podemos aproveitar essa oportunidade para avaliar se ainda é viável o monotrilho, porque os (projetos) que começaram não funcionam bem”, afirmou Morando.


O presidente do Consórcio disse que tem uma reunião agendada com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, e que a alteração no modelo da linha que atenderia o ABC será sugerida neste encontro.


“Podemos discutir um metrô subterrâneo, que tem custo elevado, ou um BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por ônibus, em português), com elevações em trajeto rápido para não pegar semáforo. A gente vê com preocupação o fato de que o monotrilho da capital não avança. Isso é uma constatação, não uma crítica”, disse. “Cabe à nós (prefeitos) sermos proativos e buscarmos uma via alternativa”, completa Morando.


Segundo o prefeito, a ideia partiu dele, mas deve ser levada ao Estado como uma pauta regional.


 


Mais caro


 


O Metro Jornal noticiou nesta quarta-feira que, por conta de atraso no início das obras, o Estado já sabe que a linha 18-Bronze ficará mais cara e que terá de arcar com esses custos adicionais, mas não há valor empenhado no orçamento deste ano para tais reajustes de valores no projeto.


Por isso, Morando admitiu que o metrô no ABC é algo cada vez mais difícil de sair do papel. “O projeto não anda. Não tem o recurso básico para as desapropriações, nem por financiamento nem por empréstimo. O governo estadual perdeu quase R$ 20 bilhões de arrecadação desde que a crise econômica foi deflagrada no país. O projeto existe, continuo acreditando, mas (o prazo) vai esticando. Está cada vez mais distante.”

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