Rumo investe R$ 200 milhões para reduzir ociosidade na volta de Santos a Mato Grosso

Um projeto da Rumo, maior concessionária de ferrovias do país,
busca diminuir a elevada ociosidade dos trens que chegam ao Porto de Santos
(SP) cheios de grãos e voltam para o Mato Grosso praticamente vazios. A empresa
investirá cerca de R$ 200 milhões em obras de ampliação do terminal multimodal
de Rondonópolis (MT). Com isso, aumentará a capacidade de descarregamento e
poderá movimentar 7,5 milhões de toneladas por ano de fertilizantes.

A solução dada pela Rumo permitirá que seus trens façam o
trajeto de volta, entre as duas pontas de seu principal corredor de exportação
de grãos, muito menos ociosos a partir de 2018.

Hoje as composições seguem para Santos com 18 milhões de
toneladas de grãos anuais, mas retornam vazios ao coração do agronegócio. Com o
novo projeto, a carga transportada – basicamente os fertilizantes – deverá
ficar entre 1 milhão e 1,5 milhão de toneladas no ano que vem, subir para até 2
milhões em 2019 e atingir 2,5 milhões de toneladas em 2020. “O transporte
desse produto por ferrovia representa ganhos operacionais importantes para a
Rumo e vai atender um amplo mercado, trazendo vantagens para o
consumidor”, afirma o gerente comercial da concessionária, Raphael Tulio.

O Brasil importa 80% dos fertilizantes usados no país,
segundo números da Associação dos Misturadores de Adubos (AMA). Principal produtor
brasileiro de soja e de milho, o Mato Grosso também consome a maior parte do
insumo agrícola, absorvendo 6,5 milhões das 34 milhões de toneladas por ano
adquiridas no mercado.

Atualmente, a maioria dos fertilizantes chega do exterior
pelos portos da região Sul. O transporte para as áreas de produção é feito
principalmente por caminhões, o que encarece substancialmente o preço final do
produto. Para o executivo da Rumo, a ampliação do terminal mudará esse quadro.
“Nosso projeto revoluciona a entrada e o transporte desse tipo de produto
no Brasil. Vamos facilitar a logística para o consumidor final e impactar
diretamente na redução do custo da cadeia logística”, acrescenta Tulio.

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