O presidente da EPL (Empresa de Planejamento Logístico), Bernardo Figueiredo, disse nesta terça-feira (19/02), em São Paulo, que o custo do transporte ferroviário será reduzido em 30% no país após a conclusão de todo o programa de investimento lançado pelo governo em 2012. A queda de custo perseguida pelo governo ocorreria a partir de 2018.
Essa redução também dependerá do sucesso do novo modelo de operação do transporte ferroviário brasileiro. Os novos leilões serão feitos para a concessão da obra de infraestrutura que, após concluída, será disponibilizada para qualquer operador que quiser usar a linha.
A novidade está no fato de que o operador não precisa ser as atuais companhias, como MRS, ALL, FCA e outras. Outros agentes poderão ser formados para cruzar os corredores pagando pelo uso.
O plano do governo é lançar os novos editais de concessão até julho. O primeiro já previsto será o trecho da Norte-Sul entre Açailândia (MA) e Vila do Conde (PA).
O plano global prevê a concessão de vários trechos ferroviários que somam 10 mil quilômetros de linha. O investimento estimado para esse plano será de R$ 91 bilhões. A previsão é que o novo modelo esteja implantado em cinco anos.
Receita antecipada
O presidente da EPL disse também que os consórcios que construírem os novos trechos poderão ter direito a receber receita antecipada nos primeiros anos da obra.
Segundo Figueiredo, a ideia é antecipar recursos baseados em estimativas de receita futura que a empresa terá após a operação comercial. Isso garantiria fluxo de caixa para as concessões que não terão receita no período da obra. A medida reduziria a necessidade de captação de recursos para a construção.
A empresa devolverá os recursos quando tiver receita com o trecho entregue. A medida faz parte do pacote montado pelo governo para atrair investidores para os leilões.
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