A MMX Mineração e Metálicos S/A e a MPX Energia, ambas controladas pelo grupo EBX, do empresário Eike Batista, fecharam negócio de R$ 3,3 bilhões para o fornecimento de energia, totalizando 200 megawatts médios, a partir do Complexo Termoelétrico MPX Parnaíba, no Maranhão. O objetivo é abastecer a unidade de Serra Azul da mineradora, em Minas Gerais. O acordo possibilitará uma redução próxima de 35% nos custos atuais com a matriz energética.
A parceria garante fornecimento de energia pelo prazo de 15 anos, com início em maio de 2014, ao preço-base de R$ 125 por megawatts/hora (MWh). Além disso, conforme comunicado enviado ao mercado pela MMX, as duas empresas também firmaram termo de compromisso para a adoção de estrutura de autoprodução, ainda pendente das devidas autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Para a MMX, considerando a adoção da autoprodução, uma tendência do mercado de mineração, segundo ela, haverá uma redução de aproximadamente 35% no custo da energia em relação ao valor médio por MWh pago atualmente.
No comunicado enviado ao mercado, o presidente da mineradora, Roger Downey, afirma que o insumo “será um componente importante do custo de produção da MMX na nova planta de beneficiamento de Serra Azul. O contrato com a MPX garante o fornecimento estável de energia a preços bastante competitivos para as operações. Isso diante de um quadro incerto quanto à oferta futura, se traduz numa significativa vantagem competitiva”.
Expansão – Atualmente, a planta de Serra Azul é um dos focos dos investimentos da MMX. A mineradora já confirmou aporte de R$ 4 bilhões, até 2014, na expansão da capacidade do ativo, que passará das atuais 8,7 milhões toneladas de minério de ferro por ano para 24 milhões de toneladas anuais. O projeto de ampliação já recebeu licença prévia (LP).
Os recursos destinados à expansão do ativo do Quadrilátero Ferrífero serão aplicados na construção de uma nova beneficiadora com capacidade para 24 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, substituindo a planta em atividade. O aporte também contempla a implantação de uma correia transportadora com 10 quilômetros de extensão, ligando a mina ao ramal da MRS Logística, onde a MMX também vai instalar um terminal ferroviário.
Recentemente, a SRK Consulting, uma das líderes no mercado mundial de certificação de reservas, confirmou que os ativos da MMX em Minas Gerais, denominado de Sistema Sudeste, composto pela unidade Serra Azul e a mina de Bom Sucesso, na região Centro-Oeste, além da mina Pau de Vinho, arrendada da Mineração Usiminas, são praticamente o dobro do que o volume divulgado.
Nos ativos em Serra Azul, a SRK certificou que a companhia detém 2,5 bilhões de toneladas de recursos auditados. Na unidade, os recursos somam 1,730 bilhão de toneladas de minério de ferro, além de um potencial mineral adicional de até 457 milhões de toneladas.
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