Vagão de trem histórico passa por restauração

O vagão do trem histórico da Praça Luiza Távora, na Aldeota, está passando por um processo de restauração. Os trabalhos tiveram início na última segunda-feira e o prazo para entrega é de 30 a 40 dias.


A coordenadora do Centro de Artesanato do Ceará (Ceart), Amanaci Diógenes, explica que o processo será para manter as características originais do equipamento, tanto interna quanto externamente. “Inclusive no uso do material, não vamos utilizar nada que descaracterize o vagão. Queremos manter o viés histórico”, explica.


Expectativa é para que no espaço sejam reativados o café e a biblioteca que funcionavam no trem desde a inauguração da praça, em fevereiro de 2011. A Escola de Vida Sabor e Arte, da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), deverá continuar responsável pelo serviço.


Frequentadores da praça contaram ao O POVO que o acesso ao espaço está bloqueado desde 2013. A coordenadora rebate e afirma que o vagão foi interditado apenas em maio deste ano. “Inclusive nós tivemos no Natal o show de coral. Interditamos para evitar acidente, porque ele está danificado”, defende.


Apesar de uma corrente indicar ser proibida a passagem de pessoas na rampa que dá acesso ao trem de passageiros, a reportagem presenciou crianças, algumas acompanhadas pelos pais, fazendo o trajeto. “Vamos colocar um toldo também para proteger do mau tempo, já que ele é de madeira”, informa a gestora.


Lembranças


Mesas arrumadas, flores postas, cadeiras organizadas e os livros. As lembranças são da geóloga Fernanda Demes, 58, que mora no bairro e frequenta a praça diariamente. “Eu mesma doei três caixas de livros e revistas. Parecia um café europeu, com ambiente tranquilo e de leitura, com pessoas educadas e interessadas”, lembra.
 
Fernanda não sabia que o espaço seria restaurado. “Agora fiquei feliz. Semana passada estava triste porque pensava que iam acabar com o vagão. Ele tem uma história”, conta.


A engenheira agrônoma Hortência Tchiam, 49, lembra que o filho de 10 anos já usava a biblioteca. O vagão, reforça, é parte importante da praça. “Aqui a gente faz caminhada, ginástica. É um espaço social, cultural, com artesanato. Tem tudo. As crianças vêm andar de patins, bicicleta, tem adultos, idosos. Todo mundo se entende e tem seu espaço”, destaca.
 
Saiba mais


A Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) informou, por meio de sua assessoria, que está estudando como será a interdição da área para a construção da estação Luiza Távora, que faz parte da linha leste do metrô de Fortaleza.
 
É possível que o vagão esteja na área a ser interditada. A previsão da Seinfra é de que em até 90 dias comece o bloqueio de tráfego para a obra.
 
O vagão de madeira, utilizado para transporte de passageiros, foi fabricado em 1938 pela Cia. Centrale Construcion, em Haine Saint Pierre, na Bélgica.
 
“Considerado de 1ª classe, era puxado por uma locomotiva a vapor. Operou pela Rede de Viação Cearense (RVC) em duas linhas, cobrindo as regiões Norte e Sul do Estado. Entre seus mais ilustres usuários estão Rachel de Queiroz, Padre Cícero e Getúlio Vargas”, conforme escrito na placa informativa em frente ao vagão.

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Fonte: O Povo (CE)

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