Desde que a circulação de trens pelo centro de São Paulo foi paralisada, devido à implosão de parte de um edifício no Bom Retiro, o transporte de cargas na cidade – realizado pela MRS Logística – ficou totalmente estagnado. Mesmo com a retomada da operação, que ocorreu na manhã de terça-feira (03/01), a concessionária afirma que o prejuízo não poderá ser ressarcido. “Tem carga que não tem mais como recuperar. Todos os clientes ficaram desassistidos”, afirma José Roberto Lourenço, gerente de Relações Institucionais da empresa.
De acordo com Lourenço, as principais cargas que ficaram sem circular por São Paulo nos dez dias de interdição das linhas foram açúcar, soja, bauxita, areia, produtos siderúrgicos, fertilizantes e contêineres. Apesar de alguns trens terem sido transferidos para a ALL, a grande maioria não chegou até seu destino final. “Parte da carga também foi transportada por caminhão, mas por conta dos próprios clientes, que buscaram uma solução”, ressaltou o gerente. A MRS estima que será preciso pelo menos uma semana para normalizar o transporte.
Como a operadora compartilha a linha férrea com os trens de passageiros da CPTM, a volta da circulação só foi possível fora do horário de pico, entre 10h30 e 15 horas. Dentro do período, a passagem da carga ocorreu normalmente, e foi assistida pela concessionária.
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