FREDERICO MARTINI
No início do mês, São Paulo foi sede da Intermodal, uma das maiores feiras de logística da América do Sul. Operadores logísticos, armadores, transportadores, companhias aéreas, visitantes, entre outros, se reuniram com o intuito de aumentar o volume de negócios nessa área. Paralelamente à feira, vários temas ligados ao segmento foram abordados em seminários e eventos. Trata-se de uma boa iniciativa do setor privado, que considera a logística, doméstica ou internacional, um dos fatores primordiais no desenvolvimento do País.
Se analisarmos a história logística do Brasil, podemos verificar que problemas no setor foram causados muito antes da nossa tardia industrialização, em meados dos anos 50. O transporte ferroviário brasileiro foi um dos modais mais afetados, uma vez que foi desenvolvido, desde 1854, para escoar a produção agrícola e mineral do interior do País para os portos, resultando em ferrovias de curta duração e de uso restrito. Era uma época em que não se preocupava em interligar países vizinhos. Os governos da América Latina autorizavam construções de ferrovias com bitolas diferentes, o que significava uma forma de protecionismo, de falta de planejamento logístico e uma ausência de cooperação econômica entre países pertencentes a um mesmo continente.
Nos anos 50, indústrias automobilísticas começavam suas atividades no Brasil e ganhavam estímulo substancial com a construção de rodovias, ligando cidades, portos e os novos e promissores eixos industriais do País. Adicionando a esse contexto a construção de Brasília, durante o governo de JK, forçou-se a construção de estradas, como as BRs 040 e 025, entre outras, que ligam as capitais dos estados à capital federal. Mais uma vez, os investimentos foram reforçados para o setor rodoviário e o ferroviário foi cada vez mais sendo esquecido pelo governo federal, o que resultou, desde os meados dos anos 50 para 2005, em um decréscimo de quase 25% da malha ferroviária brasileira, apresentando atualmente pouco mais de 29 mil quilômetros de linhas férreas operantes.
Algumas empresas privadas descobriram os benefícios desse meio de transporte, há pouco mais de sete anos, e têm investido consideravelmente em um setor que, com certeza, é apontado como uma das melhores soluções para o escoamento de carga geral e granéis para o mercado doméstico e internacional. Os usuários do transporte ferroviário, principalmente aqueles que possuem cargas de baixo valor agregado, têm aprovado os ganhos obtidos na utilização desse meio de transporte, uma vez que os custos são razoáveis, resultando em um aumento da competitividade e da lucratividade.
Com a crescente procura por esse meio de transporte pelos comerciantes nacionais e internacionais, as empresas privadas têm investido cada vez mais na construção de vias permanentes, com bitolas padronizadas, em pátios, terminais, sistemas de sinalização e na compra de locomotivas e vagões, uma vez que o setor tem notado um substancial aumento de cargas transportadas. Se compararmos os números, a quantidade de carga escoada por ferrovias, em 2003, 2004 e 2005, apresentou um significativo aumento. Entre 2003 e 2004, houve um aumento superior a 9% e espera-se um aumento superior a 11% para 2005 em relação a 2004, em quantidade de carga a ser escoada. Com um sistema ferroviário eficiente, a atual má distribuição de cargas escoadas domesticamente no Brasil sofreria alterações consideráveis, uma vez que mais de 65% das mesmas são transportadas por rodovias e o restante é escoado por outros meios de transporte. No cenário internacional, a participação do setor ferroviário é ainda bem reduzida, inferior a 5%.
O investimento no setor ferroviário é necessário em um país que deseja se tornar cada vez mais competitivo no cenário internacional. Se as empresas privadas já estão conseguindo bons resultados em relação aos investimentos feitos, bem como seus usuários, que têm reduzido custos com fretes, se
Trilhos para competir
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