A greve do metrô do Recife, que completa 16 dias, pode ter um desfecho hoje. Às 9h, em Brasília, será realizada a primeira audiência de conciliação entre metroviários e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Grevistas e patrões estão apostando que, nessa reunião, chegue-se a uma solução para o movimento. Além do Recife, participam representantes dos outros quatro metrôs em greve no País: Maceió (AL), João Pessoa (PB), Natal (RN) e Belo Horizonte (BH).
A audiência foi provocada pela CBTU e pelos sindicatos. Como não se chegou a um acordo para normalizar o serviço, decidiram instaurar o dissídio. No Recife, os metroviários querem 11,71% de reajuste salarial, mas a CBTU oferece 4,63%. Às 18h de hoje, os grevistas do metrô do Recife realizam assembléia para avaliar o resultado da audiência no TST. Atualmente, o metrô opera com nove trens das 5h30 às 8h30, oito entre 16h30 e 19h, e cinco no restante do dia.
Em assembléia ocorrida anteontem, os metroviários decidiram não atender parcialmente a liminar do TST, que obriga os metrôs do Recife e de Belo Horizonte a cumprir a nova escala mínima de trabalho: 70% dos trabalhadores nos horários de pico e 50% nos demais horários.
Desde o início da greve, o metrô do Recife vem operando com mais do que o exigido. A única exceção é o setor de manutenção, que trabalha com 100% dia sim, dia não. “O Metrorec quer 50% todos os dias e nós entendemos que não é o melhor para o sistema, porque os funcionários são poucos e a falta de estrutura, enorme. Por isso, decidimos esperar o resultado da audiência para reavaliar a situação”, explicou Cirano Lopes, presidente do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro/PE).
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