A ferrovia MRS Logística, com atuação concentrada na região formada pelos estados de São Paulo, Minas e Rio, espera uma maior demanda de cargas no setor de mineração e siderurgia no segundo semestre. Apesar da perda de cargas da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), minério de ferro e aço foram destaques no resultado do segundo trimestre da empresa, que fechou com lucro líquido de R$ 114 milhões, 7% maior que no mesmo período de 2005.
Para a usina da CSN, em Volta Redonda (RJ), a MRS deixou de carregar cerca de 4 milhões de toneladas no semestre, entre minério de ferro e carvão, por conta do acidente no alto-forno 3, o maior da siderúrgica. O equipamento já foi reparado e voltou a operar no fim de junho. Com isso, vamos transportar, apenas para CSN, em torno de 1 milhão de toneladas por mês, informou Júlio Fontana Neto, presidente da ferrovia.
Em minério de ferro, para o exterior e mercado interno, no segundo trimestre o transporte cresceu mais de 10% sobre janeiro a março e 3% sobre o mesmo trimestre de 2005. Em aço, houve aumento da ordem de 20% ante o primeiro trimestre e 16% sobre igual período no ano passado. A demanda nesses setores voltou a ficar firme depois dos acertos de preços, tanto do minério quanto do aço, afirmou Fontana.
Os dois produtos representaram 42,5 milhões de toneladas do total de 52,9 milhões transportadas pela MRS até junho. No segundo trimestre, o volume de cargas foi de 27,9 milhões de toneladas, 1% maior que no ano passado.
No semestre, o lucro líquido também cresceu 7%, para R$ 213 milhões. A receita líquida da companhia nos seis meses atingiu R$ 885 milhões (contra R$ 812 milhões). De abril a junho, obteve R$ 474 milhões, que significou aumento de 15,2% na comparação com igual trimestre de 2005.
O resultado operacional da MRS, medido pelo critério de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) alcançou R$ 410 milhões de janeiro a junho, com alta de 9,2%. A margem do índice foi de 46,4%. A empresa foi beneficiada pelo aumento médio de 2,6% na tarifa em relação ao primeiro trimestre e de 8,3% na comparação semestre a semestre.
Fontana informou que a empresa investiu R$ 151 milhões no trimestre, principalmente em vagões e na via permanente, dentro do plano de expansão da capacidade para 200 milhões de toneladas em 2010. No ano, o total previsto é de RS 600 milhões. A meta de transporte para 2006 é 113 milhões de toneladas, 5% a mais que em 2005.
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