G1 – O Metrô de São Paulo começou a instalar sensores de segurança nos vãos entre portas de plataformas e trens de três estações da Linha 2-Verde.
As estações que estão recebendo os novos sensores são as de Vila Prudente, do Sacomã e do Tamanduateí.
Os trabalhos de instalação, que se iniciaram no sábado (12), devem ser concluídos em 120 dias, segundo o Metrô, e não prejudicarão as operações dos trens.
Durante a colocação dos sensores, as portas precisam ficar abertas, o que causa uma má impressão nos frequentadores das estações.
Porém, seguranças da empresa estão nos locais para ajudar a proteger os usuários de eventuais quedas.
O objetivo da instalação dos sensores é avisar caso algum passageiro fique preso entre a porta da plataforma e o trem.
Foi isso o que ocorreu em 6 de maio, quando um passageiro morreu após ficar preso entre a porta do trem do metrô da Linha 5-Lilás, administrada pela ViaMobilidade, e a da plataforma da estação Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 8h, quando as plataformas estavam cheias.
A vítima era Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos. Segundo relato de passageiros, o homem ficou prensado e foi arrastado pelo trem. Na hora, muitas pessoas começaram a chorar e gritar pedindo para o trem parar.
👉 A porta da plataforma funciona como uma proteção que bloqueia o acesso ao trilho e impede a queda de algum passageiro quando o trem não está no local. Quando o trem para na plataforma e fecha as portas, fica um espaço entre a porta da plataforma e a do trem. Foi nesse vão que o passageiro ficou preso.
Antes do fechamento das portas, há um aviso sonoro. A porta de segurança da plataforma e a do trem têm sensores de segurança que detectam se foram fechadas corretamente. Quando elas não fecham por completo, o sensor acusa e as portas se abrem de novo. No caso ocorrido em maio, as portas fecharam corretamente, mas, como não havia sensor de presença no vão, não foi detectado que o passageiro estava ali.
A primeira porta do desembarque fechou e a porta do trem [fechou] junto com o rapaz. O trem passou por cima dele. Todo mundo ficou desesperado, começou a chorar. Ele ficou preso entre as portas. — Bruno Moreira Costa, gestor comercial que viu o acidente
Não é a primeira vez que esse tipo de acidente acontece. Em março, uma mulher ficou presa entre a porta de segurança e o vagão do trem na Linha 2-Verde, operada pelo Metrô, na estação Vila Prudente, Zona Leste da capital. No entanto, neste caso, o trem não seguiu viagem e a pessoa não ficou ferida.
A ViaMobilidade já havia anunciado que instalaria sensores nos vãos entre as portas das plataformas e os trens até fevereiro de 2026.
Ainda em maio, a empresa começou a instalar barreiras de proteção nas portas das plataformas da Linha 5-Lilás do metrô como medida de segurança após a morte de um passageiro entre o vão do trem e da porta da plataforma.
Conhecidas como Gap Fillers, essas barreiras são estruturas de polímero com um interior metálico, fabricadas sob medida para preencher o vão entre o trem e a plataforma.
Com isso, não haverá mais espaço para que uma pessoa, acidentalmente, fique presa ali. A medida foi tomada enquanto não são instalados os sensores, que evitam esmagamento, nesses vãos.
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