Ministério das Cidades libera verba para acesso ferroviário ao porto do Rio
Foi veiculada no INFORMES do mês de setembro, a solenidade realizada no dia 9 de setembro na qual foi assinada, pelo Ministro das Cidades, a liberação de verba para melhorar o acesso ferroviário ao Porto do Rio de Janeiro. Ao ser convidado para aquela solenidade o presidente da CBTF declinou do convite informando o que segue: “Muito obrigado pelo convite. Agradeço, mas já estou cansado de comparecer a solenidades que não dão em nada – chega de politicagem. Já fazem mais de dez anos que lutamos com as autoridades federais, estaduais e municipais para tirar as famílias do leito da linha e nada aconteceu ainda. Terei o maior prazer em ser convidado para o ato efetivo de retirada da última casa e da conclusão do muro de proteção, que irá garantir a plena circulação dos trens e que, também, garantirá que nenhuma família que hoje ali reside, será ferida ou morta pelo tombamento de uma composição ferroviária. Abraços – Clóvis Muniz-CBTF”.
Para melhor entendimento de minha indignação, exponho a seguir nota que mandei ao jornal “O Globo”, no início do ano, referente ao mesmo assunto: “Favelas estão a 30 centímetros do trem. O mais importante ainda não foi dito. Os moradores da favela cortam as pontas dos dormentes de madeira para utilizar como lenha em seus fogões e retiram também a brita do lastro para utilizar em suas obras no barraco (contra – piso e lajes). Estes dois elementos são os responsáveis pela segurança e a estabilidade da linha férrea, sem eles o tombamento de um trem é iminente. Se tombar um trem sobre os barracos, calamidade está à vista, podem estimar mais de 100 mortos. E o pior, disso tudo, é que as autoridades municipais, estaduais e federais têm pleno conhecimento do assunto, à pelo menos 10 anos e não resolveram o problema ainda. Quando as mortes acontecerem, estas autoridades, aí sim, convocarão e criarão planos emergenciais milionários e sairão a catar algumas vítimas, para sererm culpadas pelo sinistro. Clóvis Muniz – CBTF”.
MRS negocia Terminais em Santos
Uma das concessionárias ferroviárias que servem o Porto de Santos, a MRS Logística está negociando a instalação de um terminal de transbordo de cargas na margem direita do estuário (em Santos). O empreendimento, que pode entrar em operação no próximo ano, integra os planos da empresa de aumentar a eficiência do transporte de cargas nessa região, revelou o presidente da companhia, Júlio Fontana. “Este é um projeto que estamos negociando com alguns parceiros da região. Não é uma proposta a médio ou longo prazo. Se tudo ocorrer como planejamos, antes de 2007, podemos tê-lo em atividade”, destacou o executivo.
O projeto da MRS prevê a realização de operações de transbordo no local. A seus clientes, a empresa irá oferecer a possibilidade de retirar suas cargas dos vagões que as trouxeram até Santos e coloca-las em caminhões ou em um sistema de esteira (a ser construído). Serão estes que levarão os produtos até os terminais.
Segundo o presidente da MRS, a implantação do terminal é a saída encontrada para melhorar seus índices operacionais na margem direita do complexo portuário, onde o tráfego ferroviário enfrenta vários obstáculos.
Pelos planos da concessionária, nas operações ferroviárias conjugadas com rodovia ou esteiras, o tempo de permanência de seus vagões na região será reduzido em cerca de 90%, das atuais 36 horas para três ou quatro horas, afirmou o executivo.
Acesso Ferroviário ao Porto de Santos
Pela Resolução no 945, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de maio deste ano, a Brasil Ferrovias terá o prazo de 12 meses para construir uma linha em bitola mista de acesso à margem direita do Porto de Santos, já que a atual linha da Brasil Ferrovias, por cortar em nível a área urbana da cidade, é praticamente inviável dadas as restrições operacionais que apresenta.
Fonte: CBTF Informes 2005
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