A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) vai contratar, num prazo de 60 dias, a empresa que fará o primeiro trecho da ferrovia Transnordestina, que vai de Salgueiro (no Sertão do Estado) a Missão Velha, no Sertão do Ceará. A empresa também já escolheu a firma que vai fazer o projeto básico do trecho Suape-Salgueiro.
“A nossa previsão é assinar o contrato com a empresa que vai fazer o projeto básico até a próxima semana”, disse o presidente da CFN, Jayme Nicolato, sem revelar o nome da companhia escolhida. O projeto básico foi contratado por um custo de R$ 10 milhões e servirá de base para a realização das obras.
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Nicolato afirmou também que a CFN trabalha com a expectativa de que o projeto básico dos 100 primeiros quilômetros do trecho Recife-Salgueiro fiquem prontos até junho. O trecho ferroviário Recife-Salgueiro tem uma distância de 600 quilômetros.
Já o trecho Salgueiro-Missão Velha tem 105 quilômetros. “Existem 15 empresas interessadas na construção desse trecho”, disse Nicolato, acrescentando que essas empresas foram convidadas pela CFN para fazer o serviço e vão apresentar propostas de preço. Os executivos dessas companhias já estão fazendo visitas técnicas a Salgueiro.
O trecho Salgueiro-Missão Velha será o primeiro a ser executado porque é o único que tem o projeto executivo pronto e também a licença de instalação emitida pelos órgãos de meio ambiente.
PROJETO – A Transnordestina é um grande projeto do governo federal que vai construir uma ferrovia para ligar a cidade de Eliseu Martins – no cerrado do Piauí – aos portos de Suape e Pecém (no Ceará). Serão gastos R$ 4,5 bilhões para implantar o empreendimento, que será feito com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), do extinto Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e também terá uma participação dos sócios da CFN.
A Transnordestina terá 1.860 quilômetros de ferrovia, dos quais 905 serão de linhas novas em Pernambuco, Ceará e Piauí. Os outros 955 quilômetros já pertencem à malha que é explorada pela Companhia Ferroviária do Nordeste, empresa que detém a concessão para explorar o serviço em toda a Região.
A construção dessa ferrovia vai possibilitar o escoamento da produção de grãos do Oeste baiano, do cerrado do Piauí e também beneficiará as frutas do Vale do São Francisco e o pólo gesseiro de Araripina. Esse último poderá aumentar a produção, quando a ferrovia começar a funcionar.
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