Armazéns e prédio sem uso, favelas, cemitério de trens e terreno baldios. Essa é a paisagem que predomina em uma área com 25 quilômetros de extensão que vai da divisa da capital com São Caetano do Sul, na zona leste, até a Vila Leopoldina, na zona oeste, e segue o contorno das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
– Podemos dizer que há uma cidade inteira à venda às margens da linha do trem – afirmou o professor de geografia Tadeu Masano, da Fundação Getúlio Vargas.
A depreciação comercial e urbanística do entorno da linha do trem era prevista já na década de 1970, quando o transporte rodoviário passou a ser priorizado e a economia paulistana começou a ser baseada na prestação de serviço.
– Esse traçado da linha do trem fazia sentido na época em que a capital era estritamente industrial, mas com a redução desse tipo de atividade, as empresas se foram deixando uma grande cidade fantasma nessas áreas – disse o professor da FGV.
Na visão dele, as linhas formam uma “ferradura de exclusão” que divide a cidade em duas. O trecho passa pelos bairros Ipiranga (zona sul), Mooca, Brás (zona leste), Santa Cecília (centro), Barra Funda e Lapa (zona oeste). Atualmente, a área de abandono segue as linhas A, B e D da CPTM, que no passado faziam parte das antigas estrada de ferro Santos-Jundiaí e Sorocabana.
Para Tadeu Masano, a solução para a região teria que contar com a intervenção do poder público por meio de investimentos.
– Não adianta prever a construção de um conjunto habitacional se não forem oferecidas condições que permitam a ocupação desses espaços – diz ele.
O professor acrescenta que a solução poderia ser criar zonas mistas, com comércio e moradias. O Plano Diretor da capital paulista prevê intervenções de revitalização na região, mas nada de efetivo está sendo feito.
Além de áreas abandonadas, o entorno das linhas da CPTM também possui imóveis históricos que são tombados, como a Vila Economizadora, na Luz, na região central.
O problema da região degradada ganhou destaque na semana passada quando foi revelado que a Prefeitura estuda demolir o Elevado Costa e Silva, o Minhocão, na região central, e construir uma avenida de 4 quilômetros ao lado da linha do trem entre a Luz e a Barra Funda. O projeto pode contribuir para revitalização da área.
Mas a idéia não é uma unanimidade entre os especialistas. Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), Cândido Malta, a proposta vai contra qualquer tendência atual, que prioriza a oferta de transporte público.
Levando em conta que a criação de uma avenida favorece o transporte individual, o especialista diz que a idéia do prefeito é retrógrada e não favorece o cidadão.
– O metrô é o embrião do transporte do futuro – diz ele.
Malta afirma que as antigas linhas férreas são os locais mais baratos e práticos para se construir linhas de metrô.
– Se a avenida tiver três pistas para cada sentido, com 3,5 metros cada, podemos então somar a essas médias as calçadas e o canteiro central. Sendo assim, teremos uma vida de 30 metros de largura. Nesse espaço poderão ser transportadas, em média, 4.800 pessoas por hora. Por outro lado, o metrô, que usaria apenas 10 metros de vias, tem capacidade de transportar entre 50 e 60 mil pessoas a cada hora – afirmou o professor.
Entorno de linha do trem tem 25km de área abandonada na capital
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