A Companhia Vale do Rio Doce transportou, em 2005, 10,7 milhões de toneladas de produtos agrícolas, 18% mais que no ano anterior, quando o volume transportado pelas ferrovias da empresa foi de 9,04 milhões de toneladas.
Apesar da quebra da safra e da desaceleração das exportações, o volume de soja e farelo des soja transportado subiu 21%, para 6,5 milhões de toneladas. “Aumentamos nossa participação no transporte de soja exportada de 15%, em 2004, para 18% em 2005”, afirma Mauro Dias, diretor de Comercialização e Logística da Vale.
O transporte de açúcar quase dobrou em 2005. Segundo Dias, foram transportadas 712 mil toneladas no ano passado, alta de 92% sobre 2004. “Mas ainda temos um market share pequeno no açúcar. Pretendemos mudar isso”, afirma.
Segundo Dias, o aumento dos volumes de cargas agrícolas transportadas é resultado dos investimentos dos últimos anos. Em 2005, foram R$ 1,8 bilhão em obras na área de logística. Para este ano, a Vale prevê investimentos de R$ 2 bilhões nesse segmento.
O setor agrícola responde por 30% dos negócios de movimentação de cargas da Vale. “No ano passado, tivemos a retomada do transporte ferroviário, um modal em que a Vale acredita. Só entre 2003 e 2005, por exemplo, compramos 11 mil vagões”, diz. Para este ano, a intenção é comprar 1,5 mil vagões novos.
Conforme Dias, a rota principal da Vale é a que faz o escoamento da soja do Centro-Sul pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) até o porto de Vitória e Tubarão (ES).
Fertilizantes, a segunda maior movimentação da Vale, fecharam 2005 em 2,993 milhões de toneladas. O crescimento manteve-se baixo, com ligeira alta de 1%.
Segundo Dias, a expectativa da Vale é de aumento no transporte de cargas agrícolas também em 2006. “Este ano devemos ter uma safra melhor. Por isso, continuamos investindo nessa integração entre ferrovia e porto, que consideramos um modelo de sucesso.”
Fonte: Valor Econômico
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