A “explosão´´ da cana-de-açúcar está causando muitos reflexos no interior de São Paulo, inimagináveis no início desta década. A instalação de novas usinas e canaviais em áreas anteriormente destinadas a outras culturas fez ressurgir ramais ferroviários datados do século XIX.
Um trecho de 202 quilômetros de extensão entre Bauru e Tupã, por exemplo, da antiga Companhia Paulista, foi reativado pela ALL (América Latina Logística).
Um estudo também prevê a reativação de um ramal em Colômbia e a ampliação das operações de transporte em Pradópolis e Santa Adélia, na macrorregião de Ribeirão Preto.
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“Era um trecho que estava inoperante e resolvemos reativá-lo em função de um contrato. O açúcar permite quase 12 meses do ano de demanda. Estrategicamente para a gente, buscamos crescer no açúcar até para garantir a perenidade do transporte ao longo do ano´´, afirmou o gerente da unidade de negócios granéis norte da ALL, Sérgio Nahuz, 29.
O objetivo da reativação da extensão do ramal, o que não havia ocorrido nesta década, é atender um contrato com a tradding inglesa ED&FMan, ligada ao agronegócio, que prevê o transporte de 300 mil toneladas de açúcar em 2007.
No final do século XIX e nos primeiros 30 anos do século passado as locomotivas buscavam café nas fazendas da região. O mesmo ocorre hoje com trens embarcando açúcar em usinas como a São Martinho, segundo a ALL. (das agências)
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