A ministra da Casa Civil, Dilma Rouseff, vai participar de reunião com representantes da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e de órgãos federais para discutir formas de agilizar as obras da Transnordestina. Apesar de a pedra fundamental da ferrovia de 1.800 km ter sido lançada há um ano, apenas dez km estão parcialmente prontos, perto de Missão Velha (CE).
Ontem, o presidente da CFN, Tufi Daher Filho, participou de reuniões com representantes da Casa Civil, dos ministérios dos Transportes e da Integração Nacional e com o titular da Secretaria Especial de Portos, Pedro Britto. Daher Filho espera falar com a ministra na próxima semana.
´O objetivo foi mostrar que estamos desconfortáveis com o ritmo das obras e discutir como podemos resolver isso´, explicou Daher Filho sobre a ida a Brasília. Ele destacou que, nessa velocidade, o projeto torna-se inviável, mas negou com veemência qualquer possibilidade de desistência da CFN.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
´Numa lista de impedimentos, as desapropriações vêm em primeiro lugar. Em seguida, as licenças´, disse. A empresa aponta como responsáveis, respectivamente, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O próximo encontro na Casa Civil deve contar com ambos.
A previsão inicial da União era que em três anos a ferrovia estivesse pronta. Foram aplicados cerca de R$ 30 milhões do total de R$ 4,5 bilhões que está previsto, segundo a CFN. Duzentas pessoas trabalham atualmente na Transnordestina, que requer a utilização de mais de quarenta máquinas. A ferrovia vai ligar o sudeste do Piauí, o sul do Maranhão e o oeste da Bahia aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).
Seja o primeiro a comentar