A entrega estações da primeira fase da Linha 4 – Amarela do Metrô vai ocorrer somente no fim de 2009 ou início de 2010, e sem a Estação Pinheiros em funcionamento. O retardamento é conseqüência de outro atraso, de 53 dias até ontem, na perícia técnica na cratera aberta em janeiro na futura Estação Pinheiros. Assim, serão concluídas apenas as Estações Butantã, Faria Lima, Paulista, República e Luz neste primeiro momento. Um acordo entre o Consórcio Via Amarela, responsável pela construção da linha, e o governo estadual deve estar pronto em breve.
Em contrato, a entrega das estações da primeira fase estava prevista para este mês. Problemas nas desapropriações de imóveis levaram o prazo a ser prorrogado para novembro de 2008. Agora, com as escavações na cratera de Pinheiros pelos técnicos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para se apurar o que levou ao desmoronamento que matou sete pessoas em janeiro, já se fala na entrega dessas cinco estações somente no fim de 2009 ou no início de 2010.
´Houve um atraso por causa do IC, que busca provas do acidente. Não podemos interferir, pois o compromisso é com a investigação, e não com a obra. Eu não posso pressionar. Então, a Estação Pinheiros fica como especial no cronograma´, explicou o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.
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O acordo envolve também o Via Quatro, consórcio que vai operar a linha. ´Pode ser que Pinheiros seja entregue meses depois da conclusão da primeira fase´, disse.Na segunda fase, em 2012, deverão entrar em operação as Estações Vila Sônia, SãoPaulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. Sem a Estação Pinheiros concluída, os trens vão passar direto pelo túnel que liga a Estação Butantã à Faria Lima.
O atraso também provocará mudanças no cronograma de integração com os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em Pinheiros seria feita a ligação com a Linha C. ´Isso é para não prejudicar o todo. É uma questão de praticidade para atender a população o mais rápido que puder´, afirmou Portella.
´Estamos negociando. Ainda não está concluído em vistas das dificuldades. O acidente e os incidentes vão retardar um pouco as obras´, disse Luiz Carlos Grillo, diretor de Engenharia e Construção do Metrô. Portella contou ainda que há possibilidade de recuperar o atraso, mas não está definida a data em que as obras de Pinheiros possam ser retomadas. A liberação deve ocorrer somente no início do próximo ano. O consórcio não se manifestou sobre o assunto.
Fora esse atraso, as obras nas demais estações estão dentro do cronograma, segundo o Metrô. De acordo com dados da própria companhia, nas estações previstas para a primeira fase, Butantã tem 55% das obras feitas; Faria Lima, 85%; Paulista, 32%; República, 76%; e Luz, 43%. Para a segunda fase, Morumbi tem 38%; Fradique Coutinho, 76%; Oscar Freire, 42%; e Higienópolis, 53%. Sobre a Vila Sônia, não foi fornecida informação.
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