A greve de maquinistas mais longa na história da Alemanha terminou nesta sexta-feira, às 8h (4h de Brasília), após 30 horas de mobilização, que afetaram os transportes ferroviários, sobretudo no leste do país, onde, em muitos casos, a paralisação do tráfego foi total.
A situação nas ferrovias deve voltar ao normal ao longo da manhã. O sindicato de maquinistas GDL anunciará nesta tarde se pensa em convocar novas greves nos próximos dias.
A greve afetou 50% dos trens locais e regionais da empresa alemã Deutsche Bahn. Os prejuízos estão avaliados em 10 milhões de euros (US$ 14 milhões).
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
O sindicato convocou a greve de 30 horas para pressionar a empresa a negociar um contrato coletivo para maquinistas, revisores e pessoal de serviços.
Segundo a Deutsche Bahn, a redução pela metade do número de trens locais e regionais diminuiu a renda com vendas de bilhetes. Além disso, a empresa deixa de receber subvenções dos Estados por cada trem que não circula.
O vice-presidente do GDL, Günther Kinscher, disse que a organização ainda espera “uma proposta razoável” da empresa para continuar negociando. Para ele, a oferta atual não corresponde aos acordos do mês passado.
A Deutsche Bahn ofereceu na semana passada aos maquinistas um aumento salarial de até 10% a partir de 2008, se aceitarem aumentar a jornada semanal em duas horas. A proposta inclui um bônus de 2 mil euros antes do Natal.
A GDL reivindica um convênio coletivo próprio com altas salariais de até 31% para os maquinistas, revisores e pessoal de serviços, assim como uma redução da jornada de trabalho em uma hora.
Seja o primeiro a comentar