A Ágora Corretora está revisando sua estimativa para o preço-alvo de dezembro de 2009 dos papéis da ALL, em função da redução do risco Brasil e da queda no preço do diesel. A nova meta é de R$ 14,90 por unit, acima dos R$ 14,60 por unit da projeção anterior, e os analistas mantiveram a recomendação de compra.
Para o exercício de 2009, os analistas projetam que a companhia acumule um lucro liquido de R$ 177,7 milhões, em linha com o número auferido no ano anterior e 4,5% abaixo da última projeção divulgada. O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), por sua vez, deve atingir R$ 1,340 bilhão neste ano, avanço de 8,6% frente a 2008 e 1,5% inferior à expectativa anterior.
Impactos sobre volume
A corretora projeta um crescimento médio de 10,8% por ano no volume de carga transportada pela empresa (2009-2013), apesar de projetar para este ano um avanço de 9,5%, em função da piora do desempenho da economia brasileira e argentina.
A redução de 15% no preço do diesel também contribui para a deterioração das projeções operacionais da companhia para 2009, visto que o menor preço do combustível beneficia o transporte por meio de caminhões, pressionando uma redução do frete da ALL para manter a competitividade.
Paralelamente, a companhia pode se favorecer da forte retração da safra agrícola argentina, que deverá ficar 25% menor este ano, visto que, em um cenário de piora da safra, a ALL consegue ganhar market share dos caminhões, o que pode compensar a redução do preço do combustível.
Riscos
No tocante aos riscos envolvidos no negócio, a Ágora destaca o avanço do investimento consolidado nos últimos anos, o que afetou o fluxo de caixa livre. Outro ponto levantado é a potencial variação do volume transportado de acordo com o desempenho da economia e da safra agrícola.
Por fim, os analistas apontam o risco da alavancagem financeira, apesar desta vir diminuindo desde 2007, devendo encerrar o ano, de acordo com a projeção da corretora, em 1,7x Dívida Líquida/Ebitda (o que significa que a dívida líquida da empresa representa, em termos absolutos, 1,7 vez a projeção anual de geração operacional de caixa).
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